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A metamorfose política de Aldo Rebelo atingiu seu estágio mais degradante com o anúncio de sua candidatura à Presidência pelo nanico Democracia Cristã. O ex-ministro, que por décadas usufruiu de cargos centrais nos governos populares de Lula e Dilma, agora completa sua travessia para o pântano da extrema-direita. Ao assumir o espólio político de Eymael, Rebelo não apenas rompe com sua história, mas adota o roteiro bolsonarista de ataques às instituições ambientais e ao Judiciário, revelando-se um aliado de conveniência daqueles que tentaram destruir a democracia brasileira.
Em um discurso que ignora a urgência climática, Rebelo classificou órgãos fundamentais como o Ibama, a Funai e o Ministério do Meio Ambiente como "obstáculos" ao crescimento. Sua retórica ecoa o desenvolvimentismo predatório que serve aos interesses da mineração e do agronegócio mais atrasado. Ao atacar o presidente Lula por nomear defensores dos povos indígenas e do ecossistema, o ex-ministro demonstra que sua prioridade não é a "reconstrução nacional", mas o desmonte das proteções que impedem o saque desenfreado das nossas riquezas naturais sob o comando do mercado financeiro.
O oportunismo de Rebelo se manifesta com clareza ao defender uma anistia ampla para os golpistas que vandalizaram Brasília e para o ex-presidente hoje preso. Ao classificar a tentativa de golpe de Estado como um "problema menor" que deve ser esquecido, ele se torna porta-voz da impunidade. O elogio recebido de Jair Bolsonaro, que o chamou de "cara fantástico", não é coincidência; é o reconhecimento de quem encontrou na esquerda um desertor disposto a validar o autoritarismo e a perseguição contra o STF em nome de uma suposta "pacificação".
A trajetória de Aldo Rebelo nos últimos anos é um exemplo de decadência institucional. Após passar por cinco partidos em menos de uma década e se abrigar na gestão de Ricardo Nunes em São Paulo, ele agora ataca a "fraqueza" do governo Lula para esconder sua própria irrelevância política. Suas críticas ao Supremo Tribunal Federal, a quem acusa de "usurpar" competências, servem como música para os ouvidos da corja que ainda sonha com a volta de um regime sem freios e contrapesos, onde o Executivo possa governar por decreto e sem vigilância judicial.
Ao pregar o esquecimento dos crimes cometidos contra a democracia, Rebelo cospe no sacrifício daqueles que lutaram contra a ditadura militar — inclusive sua própria história no PCdoB. Sua plataforma "4Rs" é, na verdade, uma fachada para uma agenda de retrocesso ambiental e institucional. O Brasil que ele propõe é um país sem memória, onde golpistas são perdoados e o patrimônio público é entregue à exploração sem limites. É a consolidação de um personagem que trocou a defesa do povo pelo abraço de quem odeia as liberdades democráticas.
O anúncio dessa candidatura é o ato final de uma traição política que tenta se fantasiar de patriotismo. Rebelo tenta se colocar como uma alternativa de "poder blindado", mas sua realidade é a de um candidato isolado, que busca relevância atacando o governo que mais gerou empregos e estabilidade após anos de trevas bolsonaristas. O povo brasileiro, que recuperou a esperança com Lula, certamente saberá identificar o lobo que agora veste a pele de cordeiro da "democracia cristã" para tentar reabilitar o projeto de destruição nacional.
Com informações Brasil 247
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