Depois de Aécio censurar jornal, secretário de Alckmin diz que vai 'assombrar' políticos que delataram propinoduto de R$ 2 bilhões

Portal Plantão Brasil
24/1/2014 21:23

Depois de Aécio censurar jornal, secretário de Alckmin diz que vai 'assombrar' políticos que delataram propinoduto de R$ 2 bilhões

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2432 visitas - Fonte: Brasil 247

Secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal reagiu com indignação à capa da revista Carta Capital deste fim de semana; publicação o coloca como "um dos homens de Alckmin", que seria "assombrado" pelo escândalo da propina do metrô de São Paulo; Aníbal disse que o objetivo é pressionar o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, a abrir inquérito contra ele; o secretário afirmou ainda que irá "infernizar" a vida de três personagens: o ministro José Eduardo Cardozo, a quem classificou como "cafajeste", o deputado Simão Pedro (PT/SP), chamado de "sórdido", e o delator da Siemens, Everton Rheinrheimer; "este eu ainda vou ver preso"; ex-companheiro de militância da presidente Dilma na juventude, ele diz que sua relação com ela está "profundamente abalada"



SP 247 - O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, decidiu se pintar para a guerra. E elegeu três alvos principais: o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o deputado Simão Pedro (PT/SP) e o ex-diretor da Siemens, Everton Rheinrheimer, que o apontou como um dos intermediários das propinas da Siemens em São Paulo.



Em entrevista ao 247, ele afirmou que irá "infernizá-los". Aníbal está particularmente incomodado com a capa da revista Carta Capital deste fim de semana, que o coloca como um dos "homens de Alckmin", que seria assombrado pelas propinas do metrô em São Paulo. "Eu é que vou assombrá-los", afirmou. Segundo o secretário, o objetivo da reportagem seria pressionar o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, a abrir inquérito contra personagens citados nas investigações do cartel com direito ao foro privilegiado – como deputado federal licenciado, Aníbal é um deles.



O secretário afirma que, na manifestação encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, não há qualquer referência negativa a ele. Diz ainda que embora os jornais estejam noticiando que Janot apontou "indícios fortes" de pagamento de comissões, isso se refere ao metrô de São Paulo – e não à secretaria de Energia. "Estão tentando, de todas as maneiras, forçar a barra".



Aníbal afirma ainda que os responsáveis pelas acusações são o deputado Simão Pedro (PT-SP) e o próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. "Eles montaram tudo e mandaram esse senhor Rheinrheimer, que ainda vou ver preso, incluir meu nome". Na denúncia, Rheinrheimer afirma não conhecer José Aníbal, mas diz que as comissões eram intermediadas por um terceiro.



Em relação aos três, Aníbal não poupou adjetivos. Disse que o ministro Cardozo é um "cafajeste". "Acho até bom que ele esteja me processando porque vou ter a oportunidade de provar o que ele realmente é", afirmou. Sobre Simão Pedro, Aníbal o definiu como "sórdido". E classificou ainda a reportagem de Carta Capital como uma "nojeira".



Aníbal falou ao 247 depois de regressar de uma viagem a Brasília, onde se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Disse que o relacionamento institucional com o governo federal, com quem trata assuntos do setor elétrico, é boa, mas afirmou que sua própria relação com a presidente Dilma ficou "profundamente abalada".



"Ela me conhece, conhece minha família, sabe que eu faço política porque, como ela, gosto de política e não por qualquer ambição material", afirma. "Como permite que seu próprio ministro da Justiça faça um jogo tão sujo?", questiona. Na juventude, Aníbal e Dilma militaram no movimento Polop, em Belo Horizonte, de resistência à ditadura.



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