A nova receita dos golpes de estado made in USA

Portal Plantão Brasil
10/3/2014 09:47

A nova receita dos golpes de estado made in USA

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1192 visitas - Fonte: Brasil 247

Nas décadas de 60 e 70, os Estados Unidos derrubavam governos democraticamente eleitos alegando razões geopolíticas: era preciso deter o avanço soviético; hoje, o modelo é mais sofisticado; envolve protestos de ruas, campanhas nas mídias sociais e atentados contra civis, para que os governos sejam responsabilizados pelas mortes de seus próprios cidadãos; foi o que aconteceu na Ucrânia, onde atiradores ligados às forças que hoje estão no poder alvejaram civis; na Venezuela, roteiro é o mesmo e vice-presidente americano Joe Biden deu a senha para o golpe; melhor ficar em estado de alerta



Às vésperas dos 50 anos do golpe militar de 1964, quando o Brasil deverá celebrar sua democracia, um fantasma ronda a América Latina, a Europa do Leste e o Oriente Médio: a volta dos golpes de Estado patrocinados pelos Estados Unidos. Só que, desta vez, com uma roupagem diferente. Regimes são derrubados, supostamente, em defesa da democracia. É o que já se fez na Ucrânia e o que também se pretende fazer na Venezuela.



No passado, as intervenções americanas em outros países assumiam diversas formas. No Irã, em 1954, o regime de Mossadegh foi derrubado depois que o presidente eleito nacionalizou a produção de petróleo. No Brasil, dez anos depois, foi a vez de João Goulart ser apeado do poder com apoio da CIA. Na década de 70, também em razão do perigo comunista, o alvo foi Salvador Allende.



Agora, os Estados Unidos estão novamente assanhados, como demonstrou o vice-presidente americano Joe Biden, em entrevista ao jornal El Mercurio, que apoio a queda de Allende. "Enfrentar manifestantes pacíficos com a força e em alguns casos com milícias armadas, limitando a liberdade de imprensa e de assembleia não está à altura dos sólidos padrões de democracia que temos na maior parte de nosso hemisfério", disse ele neste fim de semana, referindo-se à Venezuela. Em resposta, o chanceler Elias Jahua afirmou que os americanos são os maiores promotores da violência em escala global.



Na Venezuela, a receita de bolo do golpe é semelhante à que foi aplicada na Ucrânia. Ela envolve protestos de rua, campanhas nas mídias sociais e atentados contra civis, para que os governos sejam responsabilizados pelas mortes de seus próprios cidadãos. Foi assim, após a morte de civis, que o presidente eleito Vitor Yanuovich foi apeado do poder em Kiev.



No entanto, investigações independentes demonstraram que os atiradores de Kiev, na verdade, não eram ligados ao governo – mas sim às forças que hoje estão no poder. Da mesma forma, na Venezuela, o opositor Leopoldo Lopez se entregou depois de ter recebido informações do serviço secreto venezuelano de que seria assassinado para que a culpa fosse atribuída ao presidente Nicolas Maduro.



Sobre o que realmente aconteceu em Kiev, vale a pena ler texto da Rede Voltaire:



A propaganda anti-ucraniana e os misteriosos snaipers



A cadeia de televisa?o Russia Today publicou uma intercepc?a?o do telefone do ministro esto?nio dos Nego?cios estrangeiros, Urmas Paet, no qual ele indica que os misteriosos snaipers(atiradores-furtivos) da prac?a Maidan estavam ligados a? oposic?a?o pro?- europeia.



Sem tomar partido, o ministro liberal Urmas Paet telefona, a este propo?sito, a? Alta- representante da Unia?o Europeia, Lady Catherine Ashton, para a informar das suas du?vidas (sobre a credibilidade do novo governo da oposic?a?o ucraniana). A autenticidade da conversac?a?o telefo?nica foi confirmada pelos dois protagonistas. A conversa data de ha? uma semana.



O ministro, indignado, explica a Lady Ashton ter tido confirmac?a?o pela Dra. Olga Bogomolets, (ce?lebre dermato?loga envolvida nas manifestac?o?es da prac?a Maidan), que foram indivi?duos ligados a? oposic?a?o pro?-europeia —e na?o membros das forc?as de seguranc?a fie?is ao presidente Ianoukovytch— quem atirou, simulta?neamente, contra a poli?cia ucraniana e contra os manifestantes afim de provocar a revolta, e derrubar o governo.







A administrac?a?o sai?da do golpe de Estado lanc?ou um mandado de captura internacional contra o presidente Viktor Ianoukovytch, acusando-o de ter ordenado disparos sobre os seus opositores e de ser o principal responsa?vel dos confrontos da prac?a Maidan.



A Rede Voltaire sublinhou, desde o ini?cio dos confrontos, que a presenc?a de misteriosos franco-atiradores que disparam, ao mesmo tempo, contra poli?cias e manifestantes tem caracterizado as diferentes «revoluc?o?es coloridas» e «primaveras a?rabes» registadas (registradas-Br) desde 1989.



No caso dos motins da cidade li?bia de Benghazi, em 2011, 4 membros das forc?as especiais italianas confessaram, depois da queda de Muammar el-Kadhafi, ter sido enviados pela OTAN para ai? provocar uma guerra civil, disparando sobre ambos os grupos.



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