11929 visitas - Fonte: Conversa Afiada
O Conversa Afiada reproduz artigo do Jornal GGN:
PMDB PROPAGA OPOSIÇÃO NA CÂMARA PARA TUMULTUAR PT
Jornal GGN – Palácio do Planalto é derrotado por “blocão” na Câmara. Esse foi o resultado de uma agenda tumultuada ontem (11), marcada por críticas à Presidente Dilma Rousseff pelo PMDB, tentativa de ministros de reverter o conflito da aliança, e propagação da tomada oposicionista na criação de uma comissão externa, para investigar denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras.
Por 267 votos a favor, 28 contra e 15 abstenções, os deputados votaram pela aprovação da comissão que analisará as denúncias de irregularidades relacionadas à Petrobras. De acordo com a bancada de oposição, funcionários da empresa teriam recebido propina da holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias petrolíferas.
A oposição comemorou o apoio do PMDB, de base aliada ao governo. “É fundamental a aplicação do Congresso Nacional na fiscalização dessas coisas que aparecem e que dizem respeito a denúncias graves, como esta contra a Petrobras, que é um patrimônio do povo brasileiro”, disse o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA).
Segundo o líder do PT, Vicentinho (SP), o Ministério Público da Holanda apresentou indicações de que não há envolvimento da Petrobras no caso e que a intenção da base oposicionista é “dar um passeio naquela cidade”. Os deputados devem ir ao país acompanhar as investigações.
Antes do resultado da votação, os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, tentaram nos bastidores minimizar a situação. Eles conversaram com as cúpulas do PR, PROS, PP, PDT e PTB. Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, os ministros estavam negociando concessões aos parlamentares.
O deputado José Guimarães (PT-CE) também tentou convencer que a comissão não fosse criada. Ele fez um apelo à tribuna para que a briga política não interfira no trabalho da Câmara. “É preciso separar o que é divergência política do caminho que pode trazer prejuízo ao país”.
A briga do PMDB com o PT teve ponto central o isolamento do líder na Casa, Eduardo Cunha (RJ), com as negociações do partido governista, desde que se tornou o porta-voz da ala peemedebista insatisfeita com as alianças estaduais e com a reforma ministerial de Dilma.
O fato ocorreu, principalmente, depois que a presidente se encontrou com integrantes do PMDB, excluindo convite a Eduardo Cunha. A reunião foi marcada por críticas a Dilma e a Michel Temer, que é presidente licenciado do PMBD, mas acusado de privilegiar interesses do governo. Cunha também tem desavenças com o presidente do PT, Rui Falcão.
Diante do embate, a bancada do PMDB na Câmara reforçou no início da tarde de ontem (11) uma ameaça de rebelião contra o Palácio do Planalto, o que se concretizou na noite do Plenário. O partido assumiu que votaria contra interesses do Planalto.
Além da comissão para investigar supostas irregularidades na Petrobras, o partido também apoia a convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para responder questionamentos sobre o programa Mais Médicos.
Também devem comparecer hoje (12) à Câmara os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, para falar sobre o que o governo tem feito para apurar as denúncias referentes à Petrobras.
Com informações da Agência Brasil e Folha de S.Paulo.
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