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Medida foi anunciada após a realização, no domingo, de um referendo em que 97 por cento dos eleitores declararam ser a favor de voltar para o domínio russo, depois de 60 anos como parte da Ucrânia; ao seguir em frente com os passos para desmembrar a Ucrânia contra sua vontade, presidente russo elevou a tensão ainda mais na maior crise Leste-Oeste desde o fim da Guerra Fria
Em desafio aos protestos na Ucrânia e às sanções do Ocidente, o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira ao Parlamento que a Rússia vai seguir adiante com os procedimentos para anexar a região da Crimeia.
Putin assinou um decreto "para aprovar o projeto de tratado entre a Federação Russa e a República da Crimeia sobre a adoção da República da Crimeia pela Federação Russa". O decreto indica que o presidente vai assinar um tratado com o líder crimeano apontado por Moscou, que está na capital russa para solicitar a incorporação, mas o documento não tem detalhes.
A medida foi anunciada após a realização, no domingo, de um referendo ao estilo soviético na Crimeia, que está sob ocupação militar russa, em que 97 por cento dos eleitores declararam ser a favor de voltar para o domínio russo, depois de 60 anos como parte da Ucrânia.
Ao seguir em frente com os passos para desmembrar a Ucrânia contra sua vontade, Putin elevou a tensão ainda mais na maior crise Leste-Oeste desde o fim da Guerra Fria.
Mas o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, procurou tranquilizar Moscou em duas áreas principais de preocupação, dizendo em um discurso televisionado em russo que Kiev não está buscando aderir à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos, e que vai agir para desarmar milícias nacionalistas ucranianas.
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