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Depois de Pasadena, contratos de arrendamento de plataformas obtidos pela empreiteira Schahin, do empresário Salim Schahin, devem entrar na lista de prioridades dos parlamentares da oposição; no fim de semana, reportagem apontou operação que teria sido intermediada por Marcos Valério; gestão de Graça Foster, que tem apurado irregularidades na estatal, deve também se debruçar sobre o caso
Empenhada em sanear a Petrobras, a presidente Graça Foster, que mandou apurar os casos de Pasadena, da holandesa SBM e também o "legado" deixado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato, tem mais um pepino para administrar. Trata-se da relação entre a estatal e o grupo Schahin, do empresário Salim Schahin, que obteve contratos de cerca de R$ 10 bilhões com arrendamentos de plataformas.
Reportagem deste fim de semana aponta que a Schahin cresceu na Petrobras depois uma negociação intermediada pelo publicitário Marcos Valério, segundo o mesmo afirmou em depoimento secreto ao Ministério Público. Este caso tende a crescer nos próximos dias e deve ser o próximo cavalo de batalha da oposição, em sua cruzada para instalar a CPI da Petrobras. Schahin teria sido o responsável por fazer cessar uma suposta chantagem do empresário Ronan Maria Pinto, do ABC paulista, contra integrantes do Partido dos Trabalhadores.
Sob os holofotes, ele já vinha despertando a atenção de parlamentares. Há poucos dias, um requerimento apresentado pelo deputado Carlos Magno, de Rondônia, foi aprovado pela comissão de fiscalização e controle. O motivo: a empresa, do empresário Salim Schahin, foi condenada em cerca de R$ 1 bilhão num processo arbitral em razão do rompimento de uma barragem, a de Apertadinho, que estava sob sua responsabilidade, em Rondônia.
“Como já confirmado por esta Comissão, o grupo Schahin e seus acionistas são prestadores de serviços e arrendatários de plataformas e navios para a Petrobras, em contratos que perfazem um valor global superior a 10 bilhões de reais”, diz o texto do requerimento. “Com essa condenação o impacto financeiro sobre o grupo Schahin pode afetar sua situação financeira, fazendo com que o mesmo pare de performar seus contratos com a Petrobras”.
Antes dessa condenação, a Schahin já havia sofrido outro revés, com a intervenção no Banco Schahin, instituição financeira que acabou sendo incorporada pelo BMG.
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