Alckmin muda o Secretário de Segurança

Portal Plantão Brasil
17/12/2014 13:27

Alckmin muda o Secretário de Segurança

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1881 visitas - Fonte: Jornal GGN

A substituição do Secretário de Segurança de São Paulo Fernando Grella por Alexandre de Moraes é o primeiro passo do governo Geraldo Alckmin para corrigir um de seus maiores equívocos.



A gestão Grella foi marcada por arbitrariedades de todos os níveis.



Grella assumiu com uma iniciativa louvável, a de proibir os PMs de intervirem em vítimas feridas. Essa decisão reduziu o número de mortes em conflito.



Depois, perdeu o pulso, ou por convicção na eficácia da violência ou para não confrontar o pensamento primário conservador de seu chefe. Sem uma estratégia adequada, passou a estimular a violência indiscriminada da PM. Comandou pessoalmente a interferência absurda do Denarc (Departamento de Narcóticos) na Operação Braços Abertos, montada pela Prefeitura na Cracolândia. Deixou de lado uma elite intelectual da PM, partidária do policiamento comunitário e a outrora disciplinada PM tornou-se uma máquina de assassinar jovens de periferia. Não logrou avançar contra o PCC e o crime organizado em geral.



Como Secretário de Justiça do primeiro governo Alckmin, Alexandre de Moraes compunha o lado racional do setor, ao lado do Secretário de Administração penitenciária Nagashi Furukawa.



O desmonte da segurança do Estado começou naquela época, graças à atuação destrambelhada do Secretário de Segurança Saulo de Castro Abreu – responsável por dois massacres até hoje não apurados, o Massacre de Castelinhos e os massacres de maio de 2006.



A segurança pública dependia da coordenação das três secretarias – de Justiça, de Segurança e de Administração Penitenciária. A truculência de Saulo, especialmente contra Nagashi, irritaram Alckmin que, em vez de enquadrar o subordinado, suspendeu as reuniões, desarticulando totalmente as ações que deveriam ser integradas.



O ápice do descontrole foi a invasão do PCC e, posteriormente, o vergonhoso massacre de maio de 2006, com mais de 500 mortos, a maioria jovens negros de periferia sem antecedentes criminais.



Na época, Alexandre era um sopro de bom senso. Não sei se mudou de lá para cá.



do Estadão



Alckmin substitui secretário de Segurança Pública de São Paulo




EDGAR MACIEL E RICARDO CHAPOLA - O ESTADO DE S. PAULO



Alexandre de Moraes, que foi secretário de Justiça durante o primeiro mandato do tucano, entra no lugar de Fernando Grella



SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai anunciar nesta quarta-feira, 17, Alexandre de Moraes como novo secretário de Segurança Pública, em substituição ao promotor Fernando Grella. Moraes foi secretário de Justiça no primeiro mandato de Alckmin. Há a possibilidade de Grella voltar para o Ministério Público.



Jurista com 11 anos como promotor do Ministério Público e autor de 14 livros, Moraes tem uma carreira política marcada por polêmicas. Foi uma espécie de capitão do time do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Era um supersecretário, comandando o maior orçamento da Prefeitura - R$ 5 bilhões.



Durante três anos, Moraes foi o supersecretário das pastas de Transportes e de Serviços e presidente do Serviço Funerário, da São Paulo Transporte (SPTrans) e da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET).



A carreira política começou em 2002, quando assumiu a Secretaria de Justiça do governo Alckmin. Acumulou polêmicas como presidente da Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem) naquele ano, com a demissão supostamente arbitrária de 1,6 mil funcionários concursados, que depois acabaram sendo readmitidos por via judicial.



Em 2010, durante a gestão Kassab, foi até cotado para ser o candidato do Democratas à prefeitura de São Paulo em 2012. Porém, entrou em atrito publicamente com a cúpula governista. Uma das razões para a saída de Moraes naquela época foi sua resistência ao projeto de criação da Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT).



Uma das principais bandeiras de Alckmin na época sofria resistência da capital e colocou Kassab em rota de colisão com seu padrinho político José Serra (PSDB).



Sua imagem também sofreu desgaste quando reviu os contratos da coleta de lixo em São Paulo - uma redução de 20% nos valores. A medida gerou greve dos garis e o lixo se acumulou nas ruas da capital, o que ajudou a potencializar as enchentes. Após as confusões, o ex-secretário rompeu com Kassab e deixou o DEM.



Após sua saída da vida política, Alexandre abriu um escritório de advocacia em São Paulo. Ele fará parte da cota pessoal de novos secretários de Alckmin. Os dois sempre mantiveram boa relação - o tucano consultava Moraes para assuntos jurídicos do governo.



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