2548 visitas - Fonte: Tijolaço
A total falta de respeito do PSDB pela democracia ficou mais uma vez explicitada com a nota divulgada pelo PSDB nesta sexta-feira, cheia de ataques de baixíssimo nível ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Motivo dos xingamentos: Toffoli cumpriu o que manda a Constituição e diplomou a vencedora da disputa eleitoral.
Só isso.
O PSDB então tenta desqualificar Toffoli dizendo que ele foi advogado do PT e da CUT, como se isso fosse uma mancha em sua carreira.
Ora, Gilmar Mendes não serviu o PSDB antes de entrar no Supremo?
Trabalhar com partidos políticos ou centrais sindicais não são nenhuma mancha, senhores tucanos.
Há gente boa e ruim que já trabalhou em diversos partidos.
O senador Aloysio Nunes, ex-candidato a vice presidente do PSDB, já pertenceu a uma organização armada, de orientação marxista, que lutava contra a ditadura.
Se fôssemos enveredar por essa histeria ideológica, poderíamos dizer que Aloysio age como um “militante”, sabe-se lá de que?
Ser militante, numa democracia, não é demérito, senhores tucanos. Faz parte do processo de construção da opinião pública.
O país que vocês querem é um país sem militantes? Um país formado apenas de caciques partidários, mídia e uma massa de zumbis repetidores do que é veiculado na mídia?
A nota d PSDB é uma total falta de respeito para com um ministro do Superior Tribunal Federal e também presidente do Superior Tribunal Eleitoral – a mesma instituição que diplomou todos os tucanos eleitos este ano.
Ou seja, o TSE só é bom quando diploma tucano. Quanto diploma petista, o ministro é “militante”.
O problema do PSDB fugiu do campo político e se tornou psiquiátrico.
O texto não tem sentido. Perto do final, a nota afirma: ” A legalidade da vitória da presidente é indiscutível. ”
Ora, mas se é assim porque o PSDB pediu ao TSE para diplomar Aécio como presidente, ao invés de Dilma, a vencedora?
Melhor nem tentar explicar. Com maluco não se discute.
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PSDB: Tofolli se comportou como militante do PT ao admitir a diplomação de Dilma
SEX, 19/12/2014 – 17:49
ATUALIZADO EM 19/12/2014 – 17:49
Jornal GGN – Ainda com dificuldade de digerir a vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves no dia 26 de outubro, o PSDB emitiu uma nota nesta sexta-feira (19) atacando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, e garantindo que vai ter “terceiro turno”, sim. A legenda promete continuar apresentando recursos judiciais na tentativa de cassar o segundo mandato da presidente petista, alegando fraude eleitoral.
Divulgado um dia após a diplomação de Dilma, o texto sustenta que o PT fez uso de mecanismos suspeitos para vencer a eleição presidencial (como dinheiro possivelmente desviado de esquemas na Petrobras), e crava que o TSE fez vistas grossas aos crimes porque seu presidente, Toffoli, ainda se comporta como advogado do PT.
A nota do PSDB é uma resposta ao discurso de Toffoli durante a diplomação de Dilma. O magistrado precisou ressaltar que as contas da campanha petista foram aprovadas e que não há espaço no TSE para tapetão. Horas antes, os tucanos haviam entrado com mais uma representação na Justiça Eleitoral, solicitando o impedimento da petista e a diplomação de Aécio em seu lugar.
Abaixo, a nota do PSDB em resposta ao ministro:
Dilma Rousseff foi diplomada ontem como presidente reeleita do país. Com tantas suspeitas ainda pairando sobre a campanha que a levou à vitória em outubro, é no mínimo temerário que o TSE tenha lhe garantido o certificado. Talvez fosse diferente se um ex-advogado do PT não comandasse a Justiça Eleitoral brasileira.
A cerimônia ontem era de Dilma, mas quem ocupou a ribalta foi José Antonio Dias Toffoli. O presidente do TSE abandonou a postura que se espera de um magistrado para envergar a toga de um militante político. Lembrou os velhos tempos em que defendia gente como José Dirceu e Delúbio Soares, condenados que agora têm no currículo uma longa temporada na Papuda.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral decretou que a eleição presidencial é “página virada”. Foi mais longe e, enfático, ordenou que quem levanta suspeitas sobre os métodos empregados pela campanha vitoriosa “se calem”. “Não há espaço para terceiro turno que possa vir a cassar o voto destes 54.501.118 eleitores”, discursou, para delírio dos petistas presentes.
O mais engajado militante talvez não conseguisse produzir melhor peça de campanha. A experiência pregressa de Toffoli como causídico talvez o tenha ajudado nesta hora: inclui serviços prestados ao PT e à CUT durante nove anos, um cargo na Casa Civil à época em que Dirceu a comandava e a chefia da Advocacia-Geral da União durante o tempo em que o governo Lula esteve sob o fogo cruzado das investigações do mensalão.
Por que os brasileiros que desconfiam da lisura da campanha que deu mais um mandato a Dilma Rousseff devem calar-se? Por que devem ignorar as denúncias de que dinheiro sujo desviado de cofres públicos pode ter financiado a vitória petista? Por que devem esquecer o uso da máquina estatal para beneficiar a candidata oficial, como aconteceu nos Correios? Por que devem sublimar o mais explícito terrorismo já praticado numa eleição no país?
Num país (ainda) democrático como o Brasil, acima de tudo estão as instituições e o sagrado direito de manifestação. A legalidade da vitória da presidente é indiscutível. Mas isso não significa calar-se diante das monumentais evidências de que a eleição foi ganha pelo PT com métodos espúrios, com procedimentos inadequados, com aviltamento de instituições, com fortes suspeitas de ligações do partido da candidata com a corrupção.
É por isso que as forças de oposição têm recorrido, e continuarão recorrendo, à Justiça para que prevaleçam os preceitos legais, para que as instituições sejam respeitadas, para que a lisura das disputas eleitorais assegure que a vontade do eleitor seja sempre soberana. O ex-advogado do PT pode até querer defender os 54.501.118 de cidadãos que optaram por Dilma Rousseff, mas não pode pretender calar os 51.041.155 de brasileiros que preferiram Aécio Neves.
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