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Enquanto o novo ministro de Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, diz que irá defender a revisão dos índices de produtividade, Katia Abreu, da Agricultura, afirma que não existe latifúndio improdutivo no país; o índice é usado pelo governo para definir se área está no caminho de ser destinada à reforma agrária; "Penso que precisamos avançar mais nessa questão da função social da propriedade", diz Ananias
Em suas primeiras declarações como ministros do segundo mandato de Dilma Rousseff, Kátia Abreu e Patrus Ananias já conflitam. No comando do Desenvolvimento Agrário, ele diz que irá defender a revisão dos índices de produtividade, enquanto ela, na Agricultura, afirma que não existe latifúndio improdutivo no país. O índice de produtividade serve para determinar se uma fazenda é considerada improdutiva para ser destinada à reforma agrária.
Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, Katia afirma que a reforma “tem de ser pontual, para os vocacionados. E se o governo tiver dinheiro não só para dar terra, mas garantir a estrutura e a qualidade dos assentamentos. Latifúndio não existe mais. Mas isso não acaba com a reforma. Há projetos de colonização maravilhosos que podem ser implementados. Agora, usar discurso velho, antigo, irreal, para justificar reforma agrária? A bancada [ruralista] vai trabalhar sempre, discutir, debater.”
Já Ananias, em declaração ao Valor, diz: "ainda temos um caminho a percorrer nessa questão no país. Avançamos e a própria criação do ministério é prova disso. Mas penso que precisamos avançar mais nessa questão da função social da propriedade".
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