AJUSTE DE LEVY REFORÇA OPÇÃO PELO GRADUALISMO

Portal Plantão Brasil
20/1/2015 08:01

AJUSTE DE LEVY REFORÇA OPÇÃO PELO GRADUALISMO

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903 visitas - Fonte: Brasil 247

Sem 'saco de maldades' e com medidas que já eram esperadas pelo mercado, como a volta da Cide, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, demonstrou que seu ajuste fiscal será bem menos duro do que outros pacotaços já adotados no País; “Estamos tomando uma sequência de ações para reequilibrar as contas públicas com o objetivo de aumentar a confiança, o entendimento dos agentes econômicos, de modo que possamos ver a retomada da economia em novas condições”, disse ele; preservação dos níveis de emprego tem sido uma das preocupações da equipe econômica



Para quem já viveu os pacotes econômicos do passado, quando integrantes da equipe econômica, como Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, falavam em abrir seus 'sacos de maldades', o ajuste anunciado nesta segunda-feira por Joaquim Levy pode ser considerado moderado, brando e gradual. Com medidas já esperadas pelo mercado, como a volta da Cide, ele anunciou medidas para arrecadar R$ 20 bilhões a mais em 2015. Sem choques extremos, Levy demonstra que a preservação dos níveis de emprego tem sido uma das preocupações da equioe econômica.



Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:



Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil


Os aumentos de tributos anunciados hoje (19) pelo governo ajudarão a reequilibrar a economia e facilitarão a retomada do crescimento, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Na avaliação do ministro, o reforço de R$ 20,63 bilhões na arrecadação, proporcionado pelos reajustes de tributos, contribuirão, de forma importante, para o aumento da poupança pública e fortalecimento da política fiscal.



“Estamos tomando uma sequência de ações para reequilibrar as contas públicas com o objetivo de aumentar a confiança, o entendimento dos agentes econômicos, de modo que possamos ver a retomada da economia em novas condições”, declarou o ministro.



Para o ministro, o equilíbrio fiscal é importante para a recuperação da economia brasileira. “Isso, obviamente, responde a um quadro mundial bastante diferente. O mundo mudou, e o Brasil está mudando. A gente está tomando as ações, passo a passo, para alcançar, da melhor forma possível, o que é necessário para alcançar o caminho do crescimento”, disse Levy.



A cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de cosméticos sobre os atacadistas, ressaltou o ministro, aumentará a transparência do mercado do produto. “A equiparação dos atacadistas aos industriais faz com que a tributação seja mais homogênea ao longo da cadeia de distribuição. Dá mais transparência a preços e transferências, organizando melhor o setor”, comentou.



Da mesma forma, o aumento da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para os produtos importados, destacou Levy, diminuirá distorções provocadas pela decisão judicial que, há dois anos, excluiu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo das mercadorias do exterior. “A consequência é que hoje o valor final do PIS/Cofins do produto doméstico é maior que o do produto importado. Por isso, a medida não prejudica a produção doméstica”, disse.



Em relação ao reajuste do PIS/Cofins e do retorno da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis, o ministro lembrou que o aumento, de R$ 0,22 por litro da gasolina e de R$ 0,15 por litro do diesel, é menor que a alíquota da Cide no passado. “No início dos anos 2000, a alíquota da Cide sobre a gasolina era R$ 0,28”, alegou.



Sobre a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito a pessoas físicas, Levy disse que a medida poderá ter impacto positivo no crédito, no médio e no longo prazo, por causa da retomada da confiança na economia. “Nas últimas semanas, os juros mais longos tiveram relativa redução. O principal efeito do conjunto das medidas tributárias é aumentar a confiança e a disposição de as pessoas investirem no Brasil. Isso se reflete na queda da curva de juros de longo prazo”, acrescentou.



O ministro evitou comentar a posição do governo sobre o aumento de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. Hoje, acaba o prazo para a presidenta Dilma Rousseff sancionar ou vetar o aumento. Alegando que a definição cabe apenas à presidenta, Levy disse que a proposta original do governo era de reajuste de 4,5%.





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