GOLDMAN ASSUME GOLPISMO: 'PODE NÃO HAVER SAÍDA'

Portal Plantão Brasil
24/2/2015 08:09

GOLDMAN ASSUME GOLPISMO: 'PODE NÃO HAVER SAÍDA'

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799 visitas - Fonte: Brasil 247

Ex-governador de São Paulo e vice-presidente do PSDB, o tucano Alberto Goldman afirma que governo Dilma Rousseff não tem ‘condição moral de condução do país’ e sugere impeachment; mais grave ainda, ele afirma que a deterioração econômica pode ser ser uma das condições para a derrubada de um governo legitimamente eleito e que ainda não completou nem sequer 60 dias do seu segundo mandato; “Sobra o caminho legal do impedimento, que só acontecerá se o agravamento das condições econômicas e políticas persistirem a ponto de mobilizar o povo e os partidos para uma solução que, de qualquer forma, ainda que legal e democrática, não deixa de ser traumática”; crise da Petrobras já provoca a quebra de fornecedores, como a Alumini, cujos trabalhadores chegaram a fechar a ponte Rio-Niterói; para Goldman, o 'quanto pior, melhor' pode criar as condições para o atalho do PSDB para o poder



O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que é também vice-presidente do PSDB, assumiu sua inclinação golpista em artigo publicado nesta terça-feira na Folha de S. Paulo.



Mais do que simplesmente pregar a derrubada da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que uma das condições para que isso aconteça é a deterioração das condições econômicas.



Ou seja: Goldman aposta no 'quanto pior, melhor', o que talvez explique o silêncio do PSDB diante do risco de várias empresas atingidas pela Operação Lava Jato.



Leia abaixo o texto de Goldman:



O impedimento e o desafio da oposição




Estamos iniciando um longo e dramático período político em nosso país. Longo, porque o mandato presidencial é de quatro anos. Dramático, porque Dilma Rousseff e seu partido não têm condições políticas e morais para conduzir o país por mais muito tempo.



Para não se apresentar confessando o estelionato eleitoral, Dilma entregou à nova equipe econômica a missão de implantar medidas de sacrifício da população --que durante a campanha eleitoral dizia que a oposição imporia à nação--, na busca desesperada de superar a estagnação produzida por sua política desastrosa.



Sem autocrítica, pelo contrário, em uma atitude covarde, procura arrastar o PSDB para o mar de lama em que está metida, ao afirmar que, se antes tivesse o governo FHC investigado e punido, não teríamos o que temos agora.



Esconde a sua responsabilidade na articulação de diretores da Petrobras e de seus fornecedores com os partidos de sua base, que objetivou o saque de recursos públicos para suas campanhas (e o enriquecimento de muitos) --o que, agora, emerge de maneira avassaladora.



É isso que destrói toda e qualquer condição moral de condução do país por parte da presidente Dilma Rousseff e seu ministério.



Dilma tratou de montar um ministério com figuras que representam agrupamentos partidários ou grupos de interesse que possam lhe dar o respaldo necessário no Congresso Nacional, para evitar um possível pedido de seu afastamento definitivo do cargo, nos termos da Constituição em vigor, uma sobrevida difícil de obter.



O governo petista está moribundo, e o partido continuará existindo como uma pálida imagem do que já foi no passado, quando, moralmente inatacável, pretendia ser o condutor de uma transformação profunda na sociedade brasileira.



No governo, liderado pelo seu grande chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, o PT se corrompeu ao buscar, a qualquer preço, a manutenção do poder.



O projeto de uma nova sociedade se frustrou, transformando-se em projetos de subsistência de milhões de brasileiros que vivem na pobreza, mantidos nessas condições para garantir o controle dos seus votos. Não passa disso.



Os resultados eleitorais foram colhidos, mas isso não garante ser possível conduzir o país, fazendo as transformações necessárias para que ele possa avançar econômica, social e politicamente.



Pelo contrário, a forma como esses resultados foram obtidos impõe à presidente e ao seu partido a necessidade de se legitimar perante a maioria do Brasil produtivo, que não vive na dependência do Estado. Tarefa impossível.



O quadro atual é dramático também para a oposição e para os milhões de brasileiros que não veem no governo atual condições para vencer a crise.



Como levar adiante uma transição nos limites da democracia constitucional em que vivemos, rejeitando firmemente qualquer solução que não seja legal, sem ter de aguardar quatro anos para que o país possa abraçar um caminho que abra novas perspectivas de desenvolvimento e de melhoria das condições de vida de nosso povo? Esse é o desafio que está colocado para nós.



Sobra o caminho legal do impedimento, que só acontecerá se o agravamento das condições econômicas e políticas persistirem a ponto de mobilizar o povo e os partidos para uma solução que, de qualquer forma, ainda que legal e democrática, não deixa de ser traumática.



Mas o próprio Lula já declarou, após a queda de Collor, que o povo brasileiro mostrou que o mesmo povo que elegeu um presidente pode tirá-lo. E pode, legalmente!



Pode não haver outra saída.







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