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Regina Duarte minimiza ditadura, cita Hitler e Stalin, diz que Covid-19 ‘trouxe muita morbidez’ e encerra entrevista com bate-boca
Esta quinta (7), na CNN Brasil, secretária especial da Cultura descarta demissãoe diz que fica no cargo
Giuliana de Toledo
07/05/2020 - 18:47 / Atualizado em 07/05/2020 - 19:03
SÃO PAULO - Em entrevista à rede CNN Brasil na tarde desta quinta-feira (7), Regina Duarte, secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro, deu declarações minimizando a censura e a tortura durante a ditadura, relativizou o impacto do coronavírus e minimizou seu papel ao mencionar mortes de artistas durante a pandemia.
Além disso, encerrou a entrevista em meio a um bate-boca: ela ficou irritada quando jornalistas da emissora pediram que ouvisse e comentasse um vídeo enviado à produção por Maitê Proença, no qual a atriz questionava seu silêncio diante do falecimento recente de colegas, citando Moraes Moreira e Aldir Blanc.
Na gravação, Maitê também pede mais medidas de socorro aos artistas diante do coronavírus e sugere que Regina converse com a classe artística. Enquanto o vídeo passava, a secretária discutia com o repórter. Logo no começo da discussão, disse “acho baixo nível”, em referência ao uso do vídeo.
Ao final da exibição, recusou-se a comentar. Ela, sem ouvir a mensagem, disse ter pensado se tratar de um vídeo antigo. No estúdio, os apresentadores avisaram que o material era novo, enviado nesta quinta. Mesmo assim, Regina não quis escutar nem reagir à fala de Maitê. “Vocês estão desenterrando mortos, estão carregando um cemitério nas costas, fiquem leves”, falou antes de encerrar a participação. “Telespectadores, desculpem o chilique”, disse ainda.
A mesma expressão do "cemitério" havia sido dita anteriormente na entrevista quando Regina foi questionada sobre participar de um governo cujo presidente considera "heróis" alguns dos envolvidos em casos de prisão e tortura na ditadura militar. “A humanidade nunca para de morrer”, comentou e, a seguir, citou crimes de Stálin e Hitler. “Se ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 60, 70, 80, a gente não vai para a frente”, disse, emendando com uma cantoria da música “Para frente, Brasil”, tema da seleção brasileira na Copa de 1970.
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