Vídeo: Furacão Laura, atingiu os EUA com ventos de até 240 km/h devastando tudo

Portal Plantão Brasil
27/8/2020 19:57

Vídeo: Furacão Laura, atingiu os EUA com ventos de até 240 km/h devastando tudo

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2326 visitas - Fonte: Folha de São Paulo

O furacão Laura atingiu a costa da Louisiana, nos Estados Unidos, na madrugada desta quinta-feira (27), com ventos de até 240 km/h. Houve ao menos quatro mortes, além de inundações e cortes no abastecimento de energia de milhares de moradores.



A primeira morte confirmada foi a de uma menina de 14 anos, atingida em casa por uma árvore, em Leesville, segundo uma porta-voz do governador da Louisiana.





De acordo com meteorologistas, Laura é um dos fenômenos climáticos mais poderosos que já atingiram o país e, nos próximos dias, pode causar ainda mais danos.



"Extremamente perigoso, o furacão de categoria 4 Laura tocou o solo perto de Cameron, na Louisiana", afirmou o Centro Nacional de Furacões (NHC) em um boletim publicado nesta quinta-feira.



Os registros do NHC indicam que Laura atingiu o continente por volta de 1h (3h, no horário de Brasília) causando "tempestade catastrófica, ventos extremos e inundações repentinas" em várias regiões do estado.



Na quarta-feira (26), o Serviço Meteorológico Nacional previu que o furacão poderia formar uma enorme parede de água com cerca de 65 km de extensão e altura equivalente a um prédio de dois andares. As ondas decorrentes do fenômeno avançariam até 50 km continente adentro e o nível das águas poderia subir entre 4,5 e 6 metros acima do normal.





Embora as piores projeções não tenham se materializado, o NHC e autoridades locais mantiveram os alertas de perigo e reforçaram os pedidos de evacuação.



Três horas depois de atingir o continente, o furacão foi rebaixado para a categoria 3, com seu núcleo a cerca de 50 km ao norte-noroeste de Lake Charles, na Louisiana.



A velocidade dos ventos caiu para 195 km/h, mas eles ainda foram fortes o suficiente para estourar as janelas dos 22 andares do Capital One Tower, o segundo maior edifício da cidade.

Os efeitos do furacão foram responsáveis pela queda de dezenas de árvores por toda a cidade. Os ventos também derrubaram placas de ruas e danificaram casas e prédios. Nas redes sociais, moradores registraram destroços das construções e carros abandonados nas ruas inundadas.









Mais tarde, Laura continuou enfraquecendo e chegou à categoria 2, com ventos estimados em até 168 km/h, mas ainda oferece riscos graves, segundo os meteorologistas.



Cerca de 650 mil residências e empresas ficaram sem energia elétrica na Louisiana e no Texas. Concessionárias locais alertaram que o número de interrupções aumentaria conforme o avanço do furação para o interior.



Em entrevista à Fox News, Pete Gaynor, administrador da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) disse que o órgão está avaliando os prejuízos causados pelo furacão, mas que considera os danos menores do que as expectativas.





No final da manhã, o fenômeno caiu mais um nível e chegou à categoria 1 —a mais branda, porém ainda perigosa— com ventos de até 120 km/h.



De acordo com o físico Evandro Moimaz Anselmo, doutor em meteorologia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, os furacões tendem a perder força quando chegam ao continente porque a sua principal fonte de energia é o vapor da água dos oceanos.



Em terra firme —mais fria e seca—, eles perdem essa fonte e se dissipam gradualmente.



"Durante este processo de dissipação do Laura no continente, as chuvas intensas deverão causar danos, principalmente nos próximos três dias, e ao longo da sua trajetória sobre os estados de Louisiana e Arkansas."



As condições atmosféricas da região Sul dos EUA indicam, segundo Anselmo, "desintensificação progressiva de furação para tempestade tropical e depressão tropical nos próximo cinco dias".





De acordo com a previsão do NHC, "o centro do Laura vai continuar a se mover para o interior cruzando o sudoeste da Louisiana". Em um alerta divulgado na manhã desta quinta, o órgão pediu que os moradores da região que ainda não tinham sido evacuados buscassem proteção imediata.



Apesar do risco iminente, muitas pessoas escolheram ficar em casa, contrariando as ordens de evacuação obrigatória na Louisiana e no Texas que abrangem cerca de 620 mil moradores dos dois estados.



Autoridades locais reforçaram as recomendações dizendo que levaria horas até que pudessem sair para iniciar as missões de busca e resgate. O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu aos moradores das áreas afetadas que seguissem as orientações.





"Laura é um furacão muito perigoso e está se intensificando rapidamente", escreveu o republicano no Twitter. "Meu governo continua colaborando totalmente com os gestores de emergência estaduais e locais".



Durante a manhã desta quinta, Trump aprovou a declaração de emergência para o estado do Arkansas e deu a autoridades federais o poder de coordenar a assistência às vítimas e a liberação de recursos.



Moradias temporárias foram organizadas às pressas fora da zona de emergência para os residentes evacuados, e equipes de emergência estavam estrategicamente posicionadas, de acordo com agências estaduais e federais.





Em Vermilion, ao leste da primeira cidade atingido pelo Laura, o gabinete do xerife publicou um aviso severo em uma rede social.



"Se você decidir ficar em casa e não conseguirmos chegar até você, anote seu nome, endereço, número do seguro social e contatos de parentes próximos e coloque em um saco plástico vedado em seu bolso", diz a publicação.



Em Lake Charles, Jimmy Ray, um morador ouvido pela agência de notícias AFP, disse que sua família tentaria, a princípio, "aguentar dentro de casa", mas viu "que o furacão ia ser muito forte".





Outra moradora, Patricia Como, contou que seus irmãos, primos e outros membros da família decidiram ficar, mas ela não queria correr o risco. "Não vou brincar com Deus", disse.



Angela Jouett, que lidera a operação de evacuação na cidade, informou que novos protocolos foram implementados devido à pandemia do coronavírus. Segundo ela, as pessoas que entram nos centros de evacuação usam desinfetante nas mãos, passam por controles de temperatura e mantêm distanciamento físico.



Em Westlake, cerca de 6 km a oeste de Lake Charles, o furacão pode ter sido a causa de um grande incêndio em uma fábrica de produtos químicos, que liberou uma espessa fumaça negra.



O governador da Louisiana, John Bel Edwards, alertou os moradores da área para não saírem de duas casas, fecharem portas e janelas, e desligarem aparelhos de ar-condicionado, sob risco de intoxicação.





No Texas, o governador Greg Abbott também pediu aos residentes que evacuem suas casas. "Eles têm apenas mais algumas horas para escapar dos danos", disse a uma emissora local.



"Esta é uma tempestade muito perigosa, mais forte do que a maioria que já cruzou" as costas do estado, acrescentou, insistindo para que a população faça "tudo que for possível para sair do caminho" do Laura.



Abbott também sugeriu que quem tiver condições financeiras deve procurar refúgio em hotéis, para diminuir o risco de contaminação pelo coronavírus. O Texas é um dos estados americanos mais atingidos pela pandemia.



A cidade texana de Port Arthur, com população estimada em 54 mil habitantes, estava praticamente abandonada na noite de quarta-feira. Apenas alguns postos de gasolina e uma loja de bebidas mantiveram as portas abertas.





"As pessoas precisam de vodca", disse Janaka Balasooriya, um funcionário. Ouvido pela Reuters, ele disse morar a alguns quarteirões de distância da loja e que enfrentaria o Laura em casa.



Na Ilha de Galveston, cidade que sofreu com o furacão mais letal da história dos EUA em 1900, com milhares de mortos, o prefeito Craig Brown disse que as autoridades estão monitorando de perto a situação.



"Tivemos uma boa cooperação de nossos residentes na evacuação", disse ele. "Se eles quiserem ficar, nós permitiremos", mas "se eles ficarem, é possível que não tenham nenhum serviço de emergência disponível", esclareceu.





Em Nova Orleans, devastada pelo furacão Katrina, de categoria 5, há 15 anos, o histórico Bairro Francês ficou sem turistas, e sacos de areia foram empilhados diante de portas e janelas. Os edifícios de arquitetura colonial foram protegidos com chapas de madeira.



"Não estou preocupado com a água que entra com a tempestade, mas sim com a chuva e as bombas sem funcionar. É isso que vai causar as enchentes", disse à AFP o empresário Robert Dunalp, em referência ao furacão que deixou mil mortos.



Antes de chegar aos EUA, Laura passou como tempestade tropical por Cuba, onde provocou fortes chuvas e alguns danos. No fim de semana, a tempestade provocou 25 mortes no Haiti e na República Dominicana.



De acordo com o NHC, a temporada de tempestades no Atlântico, que vai até novembro, deve ser uma das mais severas. Os meteorologistas preevem até 25 fenômenos, dos quais o furacão Laura é o 12º até o momento.



Veja o vídeo abaixo:





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