927 visitas - Fonte: Folha
Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) recebeu mais de R$ 900 mil por uma atuação relâmpago em dois escritórios de advocacia durante a campanha eleitoral e a transição para seu governo, em 2018.
O valor foi usado para justificar uma doação que Witzel fez à própria campanha de R$ 215 mil. Na declaração de bens entregue à Justiça, o governador afastado não havia informado ter dinheiro em conta bancária antes do início da disputa eleitoral.
Neste sábado (30), após a operação que o afastou do cargo, Witzel ofereceu uma terceira versão para os repasses. Afirmou que tudo foi pago somente após a campanha vitoriosa de 2018.
Na semana passada, Witzel foi afastado do cargo por 180 dias sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro por decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A medida monocrática de Gonçaves será julgada na quarta-feira (2) no plenário da corte, em Brasília.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o governador afastado recebeu no ano eleitoral R$ 412.308,37 do escritório do ex-secretário Lucas Tristão, preso na Operação Tris In Idem da última sexta-feira (28). Durante a campanha, Witzel declarou que havia se tornado sócio do ex-braço-direito, mas a parceria nunca foi formalizada na OAB.
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