1220 visitas - Fonte: Revista Época
A Justiça decidiu nesta terça-feira que a JBS não pode ser obrigada a entregar à força-tarefa da Greenfield informações sobre serviços prestados por Frederick Wassef, ex-advogado de Jair Bolsonaro, que tratem da relação cliente e advogado.
A decisão é do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que atendeu parcialmente ao pedido da JBS feito no último dia 8 — o magistrado limitou que a companhia está liberada de repassar apenas informações que estejam sob o sigilo profissional do advogado.
A empresa pagou a Wassef R$ 9 milhões entre 2015 e 2020, segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"Nenhum óbice legal à investigação deve existir, porém não se pode invadir a intimidade da relação cliente/parte, criminalizando o exercício da defesa e exigindo-se a apresentação de contratos e de espelho de comunicações entre cliente e advogado", escreveu o desembargador, emendando que havia pedido informações à força-tarefa do MPF em 48 horas, mas não recebeu resposta.
Daqui a duas semanas, a disputa deve ser julgada pela Terceira Turma do TRF-1.
Em 4 de setembro, procuradores da Greenfield haviam acionado a Justiça Federal de Brasília, solicitando que a JBS fosse obrigada a fornecer a documentação.
O MPF alegou que a omissão das informações pode impactar o acordo de leniência do grupo J&F, em caso de indícios de possíveis crimes.
Por outro lado, a JBS afirmou à Justiça que a solicitação de contratos por parte do MPF seria uma "devassa na relação cliente-advogado"
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