1428 visitas - Fonte: O Antagonista
Mayra Isabel Correia Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina, foi hoje ao STF pedir que os senadores não tenham acesso às quebras de sigilo determinadas pela CPI da Covid.
A ex-secretária do Ministério da Saúde teve seus segredos telefônico e telemático quebrados pelo colegiado por suspeitas de que ela tenha integrado o chamado “Ministério da Saúde paralelo”, que teria aconselhado Jair Bolsonaro a defender o tratamento precoce.
No pedido ao STF, a defesa de Mayra Pinheiro questionou o fato de os documentos sigilosos obtidos pela CPI da Covid poderem ser acessados por senadores que não integram o colegiado.
Ao STF, a CPI da Covid afirmou que o acesso dos senadores a esses documentos é permitido porque “há que se ter em mente que as Comissões Parlamentares de Inquérito constituem órgãos pluripessoais, compostos por representantes de diversas bancadas parlamentares”.
E complementou: “Por esse simples motivo, os documentos obtidos a partir de diligências investigativas permanecem à disposição de todos os Senadores da República que, por indicação dos partidos políticos, integram formalmente a Comissão Parlamentar de Inquérito”.
Por esse motivo, Mayra Pinheiro pediu ao STF que obrigue a CPI a lacrar todos os documentos referentes a ela:
“Em face da confissão do Presidente da CPI, de ser impossível cumprir a ordem judicial por, nas suas próprias palavras, tratarem-se essas Comissões de “órgãos pluripessoais, compostos por representantes de diversas bancadas parlamentares”, sendo que por esse motivo, ‘os documentos obtidos a partir de diligências investigativas permanecem à disposição de todos os Senadores da República’ que fazem a divulgação dos documentos sigilosos, em acintoso desrespeito às determinações do Poder Judiciário, requer se digne determinar ‘o lacre’ e a indisponibilidade de todo o material coletado com a quebra do sigilo telefônico e telemático da Reclamante.”
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