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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou 19 pessoas à Justiça por envolvimento em um esquema criminoso que movimentou cerca de R$ 8 bilhões por meio de um "banco do crime". Esse esquema, que envolvia também 19 empresas, tinha como objetivo apoiar candidaturas nas eleições municipais em São Paulo, favorecendo candidatos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A operação, chamada "Decurio", foi deflagrada em agosto deste ano e teve a participação de policiais civis de diversas cidades, como São Paulo, Itaquaquecetuba, Guarulhos e Mogi das Cruzes. Além disso, as buscas se estenderam a outras localidades da Baixada Santista e interior do estado. Durante a operação, foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão.
As investigações, conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e pela Polícia Civil, revelaram que os acusados, muitos deles ligados ao PCC, usaram o dinheiro para financiar campanhas eleitorais. A movimentação financeira foi identificada como parte de um esforço para influenciar o cenário político com candidatos apoiados pela organização criminosa.
Entre os denunciados está Anderson Manzini, preso na Penitenciária 1 de Avaré e apontado como figura central no esquema. Sua esposa, Fabiana Lopes Manzini, foi presa com drogas e cartas que revelavam a comunicação com outros membros da facção. Outros nomes importantes incluem Patrick Uelinton Salomão, o "Forjado", que está foragido, possivelmente escondido na Bolívia.
O MP-SP também solicitou a conversão das prisões temporárias de 15 acusados para prisão preventiva, enquanto continuam as investigações sobre o envolvimento de outros suspeitos.
Com informações do UOL
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