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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, adotou uma postura firme em defesa da soberania nacional e da legalidade internacional ao anunciar que seu governo não reconhecerá o resultado das eleições presidenciais no Equador, vencidas por Daniel Noboa, representante da extrema direita equatoriana. A decisão, revelada nesta quarta-feira (16), reforça a ruptura das relações diplomáticas entre os dois países, após a violação da embaixada mexicana em Quito.
Sheinbaum foi categórica ao afirmar que o México seguirá sem qualquer laço com o Equador enquanto Noboa estiver no poder. “Ele foi responsável direto pela invasão à nossa embaixada, um atentado contra nossa soberania. Além disso, há sérias suspeitas de fraude eleitoral e a candidata derrotada também questiona a legitimidade do pleito”, declarou a mandatária.
A invasão à sede diplomática mexicana, ocorrida sob o comando do governo equatoriano, gerou forte condenação internacional, com diversas entidades e lideranças denunciando o grave atentado ao direito internacional. O gesto de Sheinbaum é respaldado por princípios de respeito à Carta da ONU e reafirma a dignidade do México diante de uma ação arbitrária e violenta.
Em contraste, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou pela diplomacia tradicional e, por meio de nota oficial do Itamaraty, reconheceu o resultado das eleições no Equador. A posição brasileira, embora respaldada pela legalidade formal, gerou críticas entre setores progressistas, que esperavam maior firmeza diante do abuso cometido por Noboa.
Outros países sul-americanos, como Uruguai e Chile, também reconheceram a vitória de Daniel Noboa, embora sem menções diretas à invasão da embaixada mexicana. A atitude do México, no entanto, sinaliza uma resistência firme ao avanço de práticas autoritárias e ao desrespeito às convenções internacionais em nome da extrema direita.
A firme posição de Claudia Sheinbaum reforça o papel do México como defensor da legalidade e da soberania das nações latino-americanas, marcando diferença frente aos que, em nome da estabilidade, relativizam violações inaceitáveis de princípios diplomáticos fundamentais.
Assista ao vídeo:
Gracias, presidenta Sheinbaum.
— Rafael Correa (@MashiRafael) April 16, 2025
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