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Michel Temer, o principal articulador do golpe parlamentar de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff, voltou à cena política com um novo plano para impedir a continuidade do projeto democrático e popular liderado pelo presidente Lula. Das sombras da burguesia paulista, Temer está reunindo figuras do conservadorismo antipovo como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ratinho Jr. e Ronaldo Caiado, com o objetivo de construir uma candidatura única da direita para 2026 — sem Bolsonaro, que virou peso morto.
Enquanto isso, no Congresso e no STF, avança a construção de um substitutivo ao projeto da anistia bolsonarista. A ideia defendida por Temer é suavizar as penas dos fanáticos manipulados nos atos golpistas de 8 de janeiro, mas endurecer as punições para os autores intelectuais — ou seja, Bolsonaro e sua quadrilha. Trata-se de uma jogada para enterrar de vez o ex-presidente e abrir caminho para Tarcísio herdar o bolsonarismo sem os riscos do próprio Bolsonaro.
Temer batizou sua nova empreitada de "Movimento Brasil", uma reedição disfarçada do famigerado "Ponte para o Futuro", o plano neoliberal de destruição de direitos sociais que serviu de justificativa para o impeachment de Dilma. Agora, com o apoio da mídia liberal, do mercado financeiro e de parte do Centrão, Temer tenta vestir o velho projeto burguês com uma roupagem de modernização e "pacificação institucional".
Nos bastidores do Congresso, Temer escalou o deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) para liderar a implosão da base bolsonarista. Rodrigues articulou a traição de parlamentares do PL a Bolsonaro, votou a favor da criação de cargos no STF e barrou a urgência do PL da Anistia. Em plenário, atacou Silas Malafaia e defendeu que os verdadeiros chefes do golpe paguem pelos seus crimes, enquanto os manipulados recebam penas mais leves.
A articulação de Temer envolve também o Senado, onde Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco negociam diretamente com o entorno de Alexandre de Moraes, ministro do STF que chegou à Corte pelas mãos do próprio Temer. Moraes, inclusive, chegou a declarar publicamente que Temer é o presidente mais habilidoso no trato entre os três Poderes — uma clara indicação de que o ex-presidente ainda movimenta os bastidores da República.
O plano é claro: emparedar Bolsonaro, dividir sua base e preparar Tarcísio como alternativa da elite econômica e da direita "civilizada". Temer tenta dar nova vida ao projeto neoliberal que empurrou o Brasil para o abismo social desde o golpe de 2016. Resta à sociedade brasileira reconhecer o perigo e resistir.
Com informações da Fórum
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