1118 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A tensão entre Índia e Paquistão alcançou níveis alarmantes após um atentado terrorista em Pahalgam, na Caxemira indiana, que matou 26 civis, entre turistas indianos e estrangeiros. O governo indiano respondeu com a suspensão do Tratado das Águas do Indo, firmado em 1960 com mediação do Banco Mundial, e que garante o uso conjunto de recursos hídricos vitais para o Paquistão. A medida aumentou o risco de uma crise humanitária e de conflito armado entre dois países que possuem armas nucleares.
O governo paquistanês classificou a suspensão do tratado como “ato de guerra” e prometeu responder com “força total”. Islamabad suspendeu todos os acordos bilaterais, inclusive o Acordo de Simla, de 1972, além de fechar seu espaço aéreo para aeronaves indianas, cancelar vistos de cidadãos indianos (exceto peregrinos sikhs) e interromper o comércio com a Índia.
O ataque foi reivindicado pelo grupo militante Kashmir Resistance, que Nova Délhi considera uma frente do grupo terrorista Lashkar-e-Taiba, ligado a estruturas do serviço de inteligência paquistanês — acusação que o governo do Paquistão nega. O governo indiano, em linha com uma postura nacionalista radical, também suspendeu vistos para paquistaneses e ordenou a expulsão de diplomatas de Islamabad até o final de abril.
O posto fronteiriço de Wagah-Attari foi fechado, e as comunicações diplomáticas entre os países praticamente cessaram. O cenário, que lembra os piores momentos das guerras indo-paquistanesas, preocupa a comunidade internacional diante do risco de um confronto armado entre duas potências nucleares — num contexto global já marcado por instabilidades.
Especialistas alertam que o Paquistão, altamente dependente do fluxo de águas do Indo, Jhelum e Chenab para irrigação e consumo humano, poderá enfrentar uma crise de abastecimento. Isso agrava ainda mais a grave situação econômica paquistanesa, intensificada por sanções e escassez de alimentos. O corte unilateral da água por parte da Índia é visto por observadores como uma violação do direito internacional humanitário.
Enquanto os governos nacionalistas de extrema-direita acirram conflitos, cresce o apelo global por diálogo e diplomacia. Países do Brics, incluindo o Brasil sob a liderança de Lula, têm defendido com firmeza soluções multilaterais para garantir a paz e a segurança alimentar no sul da Ásia.
Com informações do Brasil 247
Plantão Brasil foi criado e idealizado por THIAGO DOS REIS. Apoie-nos (e contacte-nos) via PIX: apoie@plantaobrasil.net
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.