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A velha mídia, historicamente aliada dos interesses da elite, voltou a mirar suas armas em Lula — desta vez, mirando seu irmão, Frei Chico, que sequer é investigado. Vice-presidente do Sindnapi, sindicato incluído na lista de entidades com descontos questionáveis em aposentadorias, Chico virou alvo principal da cobertura, mesmo sem qualquer indício concreto contra ele.
Enquanto isso, nomes diretamente ligados às fraudes, como o ex-ministro bolsonarista José Carlos Oliveira, seguem sendo tratados com luvas de pelica pela imprensa. Nenhuma manchete o associa diretamente a Bolsonaro, embora tenha ocupado o cargo de ministro do Trabalho e Previdência durante o governo do ex-capitão. Já Frei Chico tem seu nome repetido exaustivamente, mesmo sendo apenas dirigente sindical.
A estrutura fraudulenta dos descontos se aperfeiçoou durante o governo Bolsonaro, a partir de 2019, mas os jornais evitam qualquer conexão entre o esquema e o verdadeiro chefe do projeto de destruição da Previdência. O irmão de Lula virou o bode expiatório ideal para sustentar a narrativa da direita e manter o presidente sob constante pressão midiática.
A hipocrisia é escancarada: os 51 imóveis comprados com dinheiro vivo por Bolsonaro e seus filhos — revelados com provas pela imprensa independente — não renderam nem 10% do barulho midiático feito contra o irmão do presidente. Nenhuma busca e apreensão, nenhuma CPI, nenhum escândalo. Para eles, o silêncio.
A expectativa da imprensa golpista é clara: usar a imagem de Frei Chico para vincular Lula a qualquer escândalo, por mais forçada que seja a associação. Mesmo que Chico tivesse sido o primeiro a denunciar as fraudes, seu nome continuaria nas manchetes — porque para os jornalões, o importante é atacar Lula. A farsa da imparcialidade está desmascarada.
Com informações do DCM
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