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O governo de Donald Trump criou uma nova zona militar na fronteira com o México, agora no estado do Texas, para reforçar a repressão à imigração. A medida, que amplia o aparato de controle iniciado em abril no Novo México, permite que tropas norte-americanas detenham migrantes sem precisar recorrer à controversa Lei de Insurreição de 1807.
Batizada de “Área de Defesa Nacional do Texas”, a nova zona tampão aumenta a presença militar nos limites sul dos Estados Unidos e escancara o caráter cada vez mais autoritário e militarizado da política migratória imposta por Trump desde que reassumiu a presidência em janeiro.
Segundo o Departamento de Defesa, os militares não têm autoridade para realizar prisões formais, mas podem deter temporariamente os migrantes até a chegada da Patrulha de Fronteira ou de outras autoridades civis. Ao menos 82 pessoas já foram acusadas de cruzar a primeira zona de segurança, no Novo México, mas as detenções continuam sendo feitas exclusivamente por agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).
Com cerca de 11.900 soldados mobilizados na região, o governo afirma que o número de travessias ilegais caiu ao menor patamar já registrado em março. Mesmo assim, a Casa Branca segue endurecendo o tom e apostando em medidas repressivas, ignorando apelos por soluções humanitárias ou negociações diplomáticas.
A estratégia, na prática, permite a Trump avançar com sua política de cerco aos migrantes sem a necessidade de declarar emergência ou invocar a Lei de Insurreição — expediente criticado por ativistas e juristas por violar direitos civis e humanitários. O atual secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que ainda não vê necessidade de acionar essa lei.
Com informações da Reuters
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