802 visitas - Fonte: Plantão Brasil
Entre 2018 e 2024, ações da polícia do estado de São Paulo resultaram na morte de 946 civis, conforme revelado pelo projeto Mapas da (In)Justiça, da FGV Direito SP. O dado alarmante foi extraído de 859 inquéritos policiais analisados, e o mais grave: nenhum policial envolvido nesses casos foi denunciado pelo Ministério Público. A omissão das autoridades revela um padrão de impunidade chocante e sistemático, onde vidas — em sua maioria negras — são descartadas sem qualquer responsabilização institucional.
O levantamento mostra que cerca de 80% das mortes ocorreram em vias públicas e 87,8% das ocorrências envolveram apenas uma vítima. Entre os mortos, 49% são pessoas negras, confirmando o viés racial nas abordagens violentas da polícia paulista. A prática da chamada “prestação de socorro” aparece registrada em oito de cada dez casos, frequentemente utilizada como tentativa de encobrir a execução.
Foram registrados disparos de arma de fogo em 734 dos 859 inquéritos. Em mais da metade dos casos, os policiais dispararam entre um e quatro tiros. No entanto, o relatório chama atenção para situações extremas, com 19,5% das ocorrências registrando de seis até 69 disparos — um verdadeiro massacre.
Esses dados confirmam o que há anos denunciam movimentos sociais e entidades de direitos humanos: a polícia de São Paulo opera como uma força de extermínio, especialmente contra a juventude negra e periférica. E o silêncio conivente do Ministério Público reforça a ideia de que essas mortes são institucionalmente legitimadas.
Esse cenário, que envergonha o Brasil perante o mundo, escancara a falência de um sistema de segurança pública pautado na truculência, na seletividade e na impunidade. É urgente repensar esse modelo de policiamento e colocar fim ao genocídio disfarçado de combate ao crime.
Com informações do Brasil 247
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