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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, por 15 votos a 4, a suspensão do mandato do deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) por três meses. A punição foi motivada por ofensas de cunho misógino proferidas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, durante sessão da Comissão de Segurança Pública, no fim de abril.
O parlamentar chamou Gleisi de “prostituta do caramba” em fala amplamente repudiada por colegas e por entidades da sociedade civil. A Mesa Diretora da Câmara foi a autora da representação e pedia inicialmente uma suspensão de seis meses, mas o relator, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), recomendou a pena de três meses por considerar que a medida já tem força simbólica para punir a conduta.
Maia ressaltou que Gilvan ultrapassou os limites da liberdade parlamentar ao atacar diretamente a honra da deputada. “As manifestações ferem a dignidade das autoridades atingidas e comprometem os valores institucionais da Câmara dos Deputados”, afirmou.
Gilvan, que já havia desejado a morte do presidente Lula em outra sessão, alegou que não citou diretamente Gleisi e que sua fala foi mal interpretada. Mesmo assim, durante a sessão do Conselho, afirmou que estava “mudando seu comportamento”.
Além da suspensão, o bolsonarista também é alvo de investigações na Polícia Federal e na Procuradoria-Geral da República, após ser citado em notícias de fato encaminhadas pela Advocacia-Geral da União por declarações que incentivam a violência contra autoridades.
A decisão será enviada à Mesa Diretora da Câmara, que decidirá sobre o início da aplicação da punição.
Com informações da Agência Brasil
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