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A capital da Rússia foi alvo de mais uma série de ataques com drones ucranianos nesta quarta-feira (8), no terceiro dia consecutivo de tensão, horas antes da chegada do presidente chinês, Xi Jinping, a Moscou. A visita do líder asiático ocorre em meio à celebração do 80º aniversário da vitória soviética contra o nazismo e representa um apoio diplomático crucial ao presidente Vladimir Putin. Xi é o chefe de Estado mais influente a participar do desfile de 9 de maio, uma presença que enfureceu Kiev e desagrada aos países alinhados com a OTAN.
Xi Jinping, cujo país é o principal comprador de petróleo e gás russo, tem sustentado economicamente Moscou em meio às sanções ocidentais impostas desde a invasão da Ucrânia. Durante a coletiva de imprensa sobre os ataques aéreos nas capitais dos dois países, o porta-voz da chancelaria chinesa evitou comentar diretamente a viagem de Xi, mas reforçou que a "prioridade máxima" é evitar a escalada do conflito.
O Kremlin acusou a Ucrânia de cometer “atos de terrorismo” ao tentar atingir Moscou com drones, e garantiu que seus serviços de inteligência e forças armadas estão atuando para proteger as celebrações do Dia da Vitória. Apesar dos apelos da diplomacia ucraniana para que tropas estrangeiras não participem do desfile, a presença chinesa e de outros 28 líderes mundiais reforça o recado de que a Rússia não está isolada, contrariando a narrativa do Ocidente.
Na madrugada anterior à chegada de Xi, a defesa aérea russa interceptou pelo menos 14 drones, segundo o prefeito de Moscou. Os ataques afetaram aeroportos da capital, causando cancelamentos de voos e ampliando o clima de alerta. A Rússia, por sua vez, lançou bombardeios em Kiev, matando uma mulher e seu filho, embora afirme que seus alvos são apenas militares.
Para Putin, a chegada de Xi em um momento de forte instabilidade militar representa um gesto de peso no xadrez geopolítico. A aliança entre Rússia e China tem se mostrado estratégica diante do cerco econômico promovido pelos Estados Unidos, que, segundo Xi, agravam o conflito ao armarem Kiev. A relação sino-russa, fortalecida em tempos de crise, desafia a ordem unipolar defendida por Washington.
As conversas entre Putin e Xi devem ocorrer nesta quinta-feira, e ambos participarão das comemorações oficiais na sexta. O governo Lula, por sua vez, também marcou presença com diplomacia altiva e independente, recusando-se a aderir às pressões do Ocidente.
Com informações do Brasil 247
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