657 visitas - Fonte: Plantão Brasil
Neste domingo (18), mais de 100 mil pessoas tomaram as ruas de Haia, nos Países Baixos, em um protesto histórico contra o massacre promovido por Israel na Faixa de Gaza. Organizada pela ONG Oxfam Novib e outras entidades, a manifestação foi a maior no país em duas décadas e denunciou a cumplicidade do governo holandês com os ataques israelenses, especialmente por meio do fornecimento de peças para os caças F-35 usados nos bombardeios.
Vestidos de vermelho, os manifestantes formaram uma gigantesca “linha vermelha” em solidariedade ao povo palestino, exigindo o fim do genocídio e rompimento imediato das relações militares e políticas com Israel. Cartazes com frases como “Parem o genocídio” deram o tom do protesto, que reuniu pessoas de todas as idades em um ato pacífico e contundente.
A manifestação coincidiu com novas ofensivas do exército israelense, que anunciou ataques por terra no norte e no sul de Gaza. Equipes locais relataram dezenas de mortos apenas nesse dia. Desde o reinício da operação militar em 18 de março, mais de 3.100 palestinos foram mortos. O total de vítimas desde o início da guerra já ultrapassa 53 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Israel justifica a escalada como parte de uma operação para eliminar o Hamas e libertar reféns, mas cresce a indignação internacional com o impacto brutal da campanha militar sobre a população civil. A resposta israelense tem sido classificada por diversos especialistas e organizações como desproporcional e criminosa.
O protesto também ocorreu em um momento crucial no cenário internacional: a Corte Internacional de Justiça (CIJ), sediada em Haia, analisa uma denúncia da África do Sul contra Israel por violar a Convenção da ONU para a Prevenção do Genocídio. O processo, que pode abrir precedentes históricos, acusa o governo israelense de praticar genocídio sistemático contra o povo palestino. Israel nega todas as acusações.
Enquanto isso, cresce a pressão popular sobre governos europeus para que deixem de apoiar o regime sionista que há décadas promove ocupação, apartheid e massacres. Em Haia, o recado foi claro: o mundo começa a se levantar contra o genocídio em Gaza.
Assista ao vídeo:
Mais de 100 mil pessoas tomaram as ruas de Haia neste domingo em protesto contra o Holocausto Palestino.
— FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) May 18, 2025
Entitulado "Trace uma linha vermelha para Gaza", o protesto foi organizado por uma coalizão de ONGs internacionais, incluindo Oxfam, Anistia Internacional, Save the Children… pic.twitter.com/cQRoHHKrsZ
Hoje, em Haia na Holanda, mais de 100 mil pessoas vestindo vermelho marcham por Gaza.
— Monica das Pretas (@MonicaSeixas) May 18, 2025
Palestinos estão há meses sem receber comida, água, remédios. Trancados na maior prisão a céu aberto da nossa história sob fortes bombardeios de Israel! Não devemos seguir silenciados diante… pic.twitter.com/2LAp97irzx