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Dois militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula e sequestrar o ministro Alexandre de Moraes tiraram férias estratégicas durante a reta final da conspiração, entre novembro e dezembro de 2022. Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, apontados como líderes da frente operacional, são alvos da denúncia da Procuradoria-Geral da República, que será analisada nesta terça-feira (21).
Ambos atuavam em áreas de elite do Exército e, segundo a PGR, participaram ativamente do monitoramento e preparação do plano que previa até assassinato de autoridades. Rafael Oliveira, conhecido como “Joe”, era parte do núcleo Copesp, ligado ao grupo extremista "kids pretos" e mantinha contato direto com Mauro Cid, braço-direito de Jair Bolsonaro.
Mensagens extraídas de celulares e dados de deslocamento confirmam que os dois atuaram mesmo durante o período de férias. Hélio viajou de Porto Alegre até Brasília para participar da operação, enquanto Oliveira, mesmo formalmente afastado, foi visto na capital federal monitorando Alexandre de Moraes em 15 de dezembro. Três dias antes, participaram de reunião na casa de Braga Netto que marcou o início formal do plano.
A delação de Mauro Cid revelou ainda que Bolsonaro deu aval ao plano em reunião no Palácio do Planalto, em 6 de dezembro. Após isso, Oliveira comprou celulares descartáveis e organizou uma arrecadação de R$ 100 mil, dinheiro entregue por Braga Netto, supostamente vindo de empresários bolsonaristas. No fim, o golpe fracassou por falta de adesão do Comando do Exército.
Apenas Almir Garnier, então chefe da Marinha, se colocou à disposição de Bolsonaro. Já Hélio Ferreira Lima foi identificado pela PF rondando o STF e o hotel onde Lula estava hospedado, durante o período da transição. A PGR considera sua atuação decisiva na operação “Copa 2022”, que coordenava o monitoramento de autoridades.
O envolvimento desses militares, diretamente ligados ao bolsonarismo, reforça o que já está claro para o Brasil: a tentativa de golpe de 2022 foi real, articulada e financiada por uma rede criminosa dentro do Estado. Agora, a Justiça precisa agir com firmeza para garantir que todos sejam punidos.
Com informações do DCM
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