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Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura militar e ex-comentarista da Jovem Pan, pode se tornar o primeiro réu julgado à revelia pelo Supremo Tribunal Federal no caso que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula. Mesmo denunciado há três meses pela Procuradoria-Geral da República, Figueiredo, que mora nos Estados Unidos, não apresentou defesa nem indicou advogado no processo.
A Defensoria Pública da União se recusou a assumir a defesa dele, afirmando não conseguir localizá-lo. Com isso, aumenta a chance de julgamento sem sua presença ou participação, o que abriria um precedente histórico na mais alta Corte do país diante da gravidade das ações golpistas articuladas por aliados de Jair Bolsonaro.
Segundo a denúncia da PGR, Figueiredo usou sua posição midiática para insuflar militares e atacar generais que não aderiram ao golpe, fomentando uma narrativa autoritária que visava desacreditar a democracia e criar apoio para medidas inconstitucionais. Ele é o único indiciado do chamado quinto núcleo da trama golpista, relacionado à propagação de ideias que sustentaram o movimento criminoso.
Após a denúncia, Figueiredo debochou nas redes sociais, afirmando estar “honrado” por ser incluído no processo, atitude típica de quem não reconhece os limites da legalidade nem demonstra arrependimento. A sua possível condenação à revelia demonstraria a firmeza do STF em não permitir que investigados tentem se esquivar da Justiça se refugiando no exterior.
Veja:
Acabo de ver no noticiário que fui denunciado pela PGR. Estou honrado em estar ao lado de patriotas neste documento histórico que reflete a ditadura na qual vivemos. Vamos vencer e todos os agentes públicos que se utilizam das suas posições para perseguir opositores políticos…
— Paulo Figueiredo (8) (@pfigueiredo08) February 19, 2025