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O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta terça-feira (20) o julgamento de um dos capítulos mais sombrios da história recente do país: 11 militares das Forças Especiais do Exército e um agente da Polícia Federal estão sendo julgados por planejarem um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. Chamado de “núcleo 3”, o grupo ficou conhecido como "kids pretos" e teria articulado ações terroristas para impedir a posse do presidente Lula.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República é contundente: o grupo planejava atentados, sequestros, envenenamento e assassinatos de autoridades, em um plano batizado de “Punhal Verde e Amarelo”. Entre os alvos estavam o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula — que seria envenenado — e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que seria sequestrado. A intenção era instaurar o caos para justificar uma intervenção militar e manter o poder nas mãos de Bolsonaro.
Além das ações violentas, os acusados também tentaram desestabilizar o Exército, pressionando o Alto Comando com cartas e mensagens que tachavam os generais legalistas de “traidores da pátria” e aliados do “comunismo”. Era uma estratégia coordenada para implodir a hierarquia militar e arrastar a corporação para um golpe contra a democracia.
Durante o julgamento, o ministro Alexandre de Moraes rebateu com dureza a tentativa da defesa de minimizar os crimes com o argumento de que o golpe não se concretizou. “Golpe de Estado não tem tentativa. Se ele começou a ser executado, o crime já está consumado”, afirmou, acrescentando com ironia que se os conspiradores tivessem vencido, ele provavelmente estaria sendo julgado por eles.
A Primeira Turma do STF conduz o julgamento de todos os envolvidos nos núcleos golpistas, e este caso em especial é simbólico da gravidade da ameaça à democracia liderada por Bolsonaro e seus aliados. As provas reunidas pela Polícia Federal mostram, com clareza, que o plano era sangrento e articulado para impedir que Lula voltasse à Presidência — o que foi frustrado graças à resistência institucional.
O julgamento sinaliza que o Supremo está determinado a não tolerar ameaças armadas à ordem democrática. A condenação desses conspiradores será um marco contra o golpismo e em defesa da soberania do povo brasileiro nas urnas.
Com informações da Fórum
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