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A liderança do Partido dos Trabalhadores protocolou na Procuradoria-Geral da República um pedido de prisão preventiva contra Eduardo Bolsonaro, atualmente licenciado do mandato de deputado federal. A solicitação, assinada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), denuncia o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro por tramar ataques internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de fragilizar o Supremo Tribunal Federal e interferir nos desdobramentos do julgamento do golpe de 8 de janeiro.
De acordo com a representação, Eduardo Bolsonaro tem se aproveitado de sua estadia prolongada nos Estados Unidos para coordenar ofensivas com parlamentares norte-americanos visando impor sanções diplomáticas e financeiras contra Moraes, sob justificativa de supostas violações de direitos humanos — narrativa alinhada ao bolsonarismo e sem respaldo na realidade jurídica brasileira. O texto destaca que essas ações representam grave ameaça à soberania nacional e à integridade do sistema de Justiça.
Um dos pontos centrais da denúncia é a declaração pública em que Eduardo afirmou que só retornaria ao Brasil quando Moraes fosse sancionado pelos EUA. Para o PT, trata-se de uma chantagem aberta contra o Estado brasileiro, subordinando decisões da Suprema Corte à vontade de um governo estrangeiro. A postura é considerada uma afronta inadmissível à independência entre os Poderes e ao princípio da autodeterminação dos povos.
A representação também menciona as articulações feitas por Eduardo com figuras como o deputado Cory Mills e o atual secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que chegou a declarar que as sanções contra Moraes estavam sob “grande possibilidade de aprovação”. Eduardo celebrou o anúncio com a expressão “venceremos!”, evidenciando seu envolvimento direto na conspiração.
Outro elemento grave relatado são os dossiês entregues por Eduardo e seus aliados a autoridades estrangeiras, contendo acusações distorcidas contra Moraes e pedindo sua inclusão em listas de sanções. Esses documentos citam ainda nomes como Elon Musk, Steve Bannon e Allan dos Santos, em uma tentativa desesperada de internacionalizar a perseguição bolsonarista contra o Judiciário brasileiro.
Para a bancada do PT, a prisão preventiva se justifica pela clara tentativa de instrumentalizar interesses de uma potência estrangeira contra as instituições nacionais. A legenda afirma que a medida é necessária para proteger a ordem pública e garantir o curso regular das investigações contra os responsáveis pela tentativa de golpe.
Com informaçõesndo Brasil 247
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