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O Brasil e o mundo perderam nesta sexta-feira (23) um dos maiores nomes da fotografia documental: Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos, vítima de complicações decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990. Reconhecido globalmente por seu olhar humano e sensível sobre temas sociais e ambientais, Salgado deixa um legado inestimável.
Mineiro de Aimorés, formou-se em economia antes de se entregar à paixão pela fotografia em 1973. Percorreu mais de 120 países registrando o trabalho humano, os deslocamentos forçados e a beleza da natureza, com destaque para as obras “Êxodos”, “Gênesis” e “Trabalhadores”. Seu trabalho também eternizou momentos como a Revolução dos Cravos, em Portugal.
Em parceria com a esposa Lélia Deluiz Wanick Salgado, fundou o Instituto Terra em 1998, voltado à recuperação ambiental do Vale do Rio Doce, transformando uma terra devastada em símbolo de renascimento ecológico. Juntos, provaram que a restauração da natureza é também um gesto de humanidade e resistência.
Salgado foi consagrado por instituições de prestígio como a UNICEF, a Royal Photographic Society e a Academia de Belas-Artes de Paris. Também recebeu a comenda da Ordem do Rio Branco e foi eternizado no aclamado documentário O sal da terra, dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, seu filho, indicado ao Oscar em 2015.
O Instituto Terra destacou que sua lente não apenas retratou o mundo, mas ajudou a transformá-lo. “Sua vida revelou o poder da ação transformadora. Ele semeou esperança onde havia devastação”, afirmou a entidade.