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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou com firmeza, neste domingo (25), o massacre promovido por Israel em Khan Younis, na Faixa de Gaza, que exterminou nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar. O único filho sobrevivente e o pai, o também médico Hamdi Al-Najjar, estão internados em estado grave no Hospital Nasser — o mesmo onde Alaa trabalhava no momento do ataque. O crime, perpetrado por um governo que insiste em atacar civis indefesos, escancarou ao mundo a barbárie em curso.
Lula classificou o episódio como “vergonhoso e covarde”, ressaltando que o assassinato de crianças inocentes escancara a desumanidade de uma ofensiva militar sem qualquer respaldo humanitário. “Esse episódio simboliza a crueldade de um conflito que opõe um estado fortemente armado contra uma população civil indefesa, vitimando diariamente mulheres e crianças”, afirmou.
As nove crianças palestinas mortas tinham entre um e 12 anos e estavam em casa com o pai no momento do bombardeio. Alaa, dedicada à missão de salvar vidas no hospital, foi atingida não com estilhaços, mas com a dor irreparável da perda quase total da família. Lula reforçou que o que se vê em Gaza já não pode mais ser justificado sob o pretexto da luta contra o terrorismo ou da autodefesa.
O presidente denunciou que a ofensiva israelense em Gaza tornou-se uma operação de vingança com traços genocidas. “O único objetivo da atual fase desse genocídio é privar os palestinos das condições mínimas de vida, com o intuito de expulsá-los de seu território legítimo”, declarou. Lula tem se mantido como uma das poucas lideranças globais a denunciar abertamente os crimes de guerra cometidos por Israel.
Apesar de o Exército israelense ter confirmado o bombardeio, alegando que o alvo era uma estrutura militar próxima a soldados, a justificativa soa cínica diante do número de vítimas civis. A versão de que civis haviam sido retirados da área antes da operação foi desmentida pelos próprios fatos: nove crianças assassinadas dentro de casa.
Com isso, Lula reforça o papel do Brasil como defensor da paz, da justiça internacional e do respeito aos direitos humanos, em contraste com a omissão criminosa de governos que silenciam diante do genocídio do povo palestino.
Veja:
A morte de 9 dos 10 filhos da médica palestina, Alaa Al-Najjar, como consequência de ataque aéreo do governo de Israel na faixa de Gaza no sábado (24) é mais um ato vergonhoso e covarde. Seu único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado…
— Lula (@LulaOficial) May 25, 2025