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A delação do tenente-coronel Mauro Cid continua revelando os bastidores do desespero da cúpula bolsonarista diante das investigações sobre o golpe de Estado frustrado. Após ver na imprensa que sua prisão poderia ser decretada, Cid buscou ajuda diretamente no Supremo Tribunal Federal, mais precisamente com Sérgio Braune, assessor do ministro Dias Toffoli.
A troca de mensagens, extraída do celular de Cid pela Polícia Federal, mostra que ele compartilhou uma notícia que apontava o risco de ser preso. Braune tentou tranquilizá-lo, dizendo que “não tem sentido” e prometeu repassar a preocupação ao seu “01”, ou seja, ao próprio Toffoli. Também ofereceu auxílio jurídico e sugeriu o nome de advogados de peso, como os Caputo Bastos.
Na conversa, Cid mencionou que já era investigado em seis inquéritos no STF e indiciado em dois deles, todos sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Braune reagiu com indignação e prometeu agendar uma audiência com o ministro Toffoli após o recesso do Judiciário.
Revoltado, o ex-ajudante de ordens afirmou que era apenas um bode expiatório para atingir Bolsonaro. Essa tentativa de interferência no andamento das investigações escancara o grau de articulação que o entorno bolsonarista buscava para escapar da responsabilização pelos ataques à democracia.
Mauro Cid se tornou peça central no inquérito que apura a tentativa de golpe arquitetada por Bolsonaro e seus aliados. Sua colaboração permitiu que a Justiça avançasse contra o ex-presidente, hoje réu no Supremo Tribunal Federal.
O caso revela não só a gravidade dos crimes investigados, mas também a tentativa desesperada de uso de influência política e jurídica para obstruir as apurações, numa tentativa clara de blindar Bolsonaro e o projeto autoritário que tentaram impor ao país.
Veja a troca de mensagens:
Com informações do DCM
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