Investigado por articular sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro entrou em rota de colisão com a Justiça brasileira. Em plena escalada de ameaças, ele chegou ao cúmulo de atacar até agentes da Polícia Federal que possam cumprir um eventual mandado de prisão contra Jair Bolsonaro, seu pai, já réu por tentativa de golpe de Estado.
A investida autoritária de Eduardo foi revelada em uma entrevista à Revista Oeste, em que deixou claro seu desespero diante da possibilidade real de o ex-presidente ser preso nos próximos dias. Ele afirmou que pretende mirar policiais federais em caso de cumprimento da ordem judicial, dizendo que esses agentes “também vão entrar na mira dos norte-americanos”, em mais um gesto de afronta ao Estado democrático de Direito.
O extremismo do “filho 03” de Bolsonaro também foi exposto nas redes sociais, onde publicou um vídeo atacando o presidente Lula, o ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Tentando pressionar o governo brasileiro, Eduardo chegou a declarar que, se Lula defender Moraes de sanções externas, estará traindo os interesses do país — uma fala típica de quem não aceita as regras da democracia.
Assista:
ATENÇÃO | Bananinha AMEAÇA policiais federais que venham a cumprir a lei caso haja ordem de prisão contra algum bandido golpista pic.twitter.com/vicF1VeFVg
Ainda em tom de afronta, Eduardo afirmou considerar renunciar ao mandato parlamentar para seguir atuando desde os Estados Unidos. Segundo ele, sua “única pauta” no exterior é pressionar o governo americano a impor sanções contra Moraes, a quem chamou de “o pior ditador” de sua geração. O plano escancara a estratégia do clã bolsonarista de usar aliados internacionais para desestabilizar as instituições brasileiras.
O Supremo Tribunal Federal, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República, abriu na segunda-feira (26) um inquérito contra Eduardo por promover uma ofensiva golpista fora do país. A PGR também solicitou que Jair Bolsonaro preste depoimento para esclarecer seu envolvimento nas ações do filho, uma vez que há indícios de que o ex-presidente financia a estadia e movimentações políticas de Eduardo no exterior.
De acordo com o procurador Paulo Gonet, as manifestações públicas de Eduardo demonstram um “claro tom intimidatório” contra juízes, investigadores e membros do Ministério Público. A tentativa de influenciar uma possível condenação de Jair Bolsonaro, com apoio de setores extremistas dos EUA, é vista como interferência indevida e grave. A ameaça de sanções ao ministro Moraes já está sendo analisada pelo governo norte-americano, segundo o senador Marco Rubio, o que evidencia a gravidade da atuação internacional bolsonarista.
Com informações do DCM
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