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O advogado Rodrigo Tacla Duran acionou novamente o Supremo Tribunal Federal para que a Procuradoria-Geral da República cumpra a ordem de encaminhar os Processos de Cooperação Internacional (PCIs) envolvendo seu nome. Segundo Duran, o MPF continua mantendo comunicações com autoridades da Espanha e de outros países sobre investigações que já foram suspensas no Brasil por decisão do próprio STF.
Tacla, que atuou como advogado da Odebrecht e hoje reside na Espanha, alega que a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR desobedeceu determinação do ministro Dias Toffoli, que desde 2023 mandou remeter ao STF todos os documentos relacionados à cooperação com países estrangeiros. Ele afirma que essa omissão impede sua participação em audiência pública na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre extorsões na extinta operação Lava Jato.
O advogado denuncia que, além da omissão, o procurador Walter José Mathias Júnior estaria mantendo comunicações paralelas com autoridades estrangeiras e tentando sabotar as cooperações jurídicas determinadas pelo Supremo. Segundo Duran, essas ações visam impedir que ele retorne ao Brasil para contribuir com as investigações e denúncias contra figuras centrais da Lava Jato, como Deltan Dallagnol e Sergio Moro.
Duran incluiu na petição um print de e-mail no qual Mathias Júnior informa autoridades de Singapura que a cooperação internacional determinada por Toffoli "não emanava de autoridades brasileiras", contrariando diretamente a ordem judicial. O advogado acusa o procurador de promover um “bypass processual” para manter ativa a perseguição penal fora do país, mesmo com as ações já suspensas pelo STF.
Na peça enviada à Corte, Duran afirma que o objetivo do MPF seria impedir que ele revele detalhes comprometedores sobre supostos crimes praticados por integrantes da força-tarefa da Lava Jato, incluindo uso político de investigações, extorsões e manipulação de delações.
A nova petição reacende o debate sobre o uso político e ilegal da cooperação internacional por membros do Ministério Público ligados à operação Lava Jato, num momento em que o STF busca reestabelecer os limites institucionais do sistema de Justiça.
Com informações do Conjur
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