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A coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Cíntia Queiroz, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 não teriam ocorrido se o planejamento de segurança tivesse sido seguido. Ela foi ouvida nesta terça-feira (27) pelo ministro Alexandre de Moraes, como testemunha de defesa do ex-ministro bolsonarista Anderson Torres, que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do DF na ocasião, mas estava de férias nos EUA.
Segundo Cíntia, que exercia a função de subsecretária de operações, o plano previa a chegada de cerca de 2 mil pessoas em caravanas, e determinava que os manifestantes não poderiam entrar na Esplanada dos Ministérios. Questionada se o cumprimento do plano teria evitado os ataques, ela respondeu: “com certeza, não teria acontecido”.
Outros depoimentos também enfraqueceram a narrativa da defesa de Torres. O ex-diretor da Polícia Federal Márcio Nunes confirmou que o então ministro pediu atuação com “o mesmo ímpeto” do primeiro turno das eleições. Ele negou, no entanto, que tenha havido operação direcionada como a promovida pela Polícia Rodoviária Federal para impedir o voto de eleitores do Nordeste, onde Lula teve vitória expressiva.
Entre os dias 19 de maio e 2 de junho, estão sendo ouvidas testemunhas das defesas e da acusação. Após essa etapa, Jair Bolsonaro e os demais envolvidos na tentativa de golpe serão interrogados pelo STF.
Todos os réus compõem o chamado “núcleo 1” da trama golpista e já respondem por crimes como tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, organização criminosa e dano qualificado. A denúncia foi aceita por unanimidade. Entre os acusados estão, além de Bolsonaro, os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e o delator Mauro Cid.
Com informações da Agência Brasil
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