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Um forte apelo por justiça internacional chegou à mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Artistas, intelectuais, parlamentares, sindicatos e movimentos sociais entregaram uma contundente carta aberta pedindo sanções contra o governo de Israel, diante do massacre em curso contra o povo palestino em Gaza. O documento propõe medidas concretas: embargo na venda de petróleo, rompimento do tratado comercial bilateral e até a suspensão das relações diplomáticas com o premiê Benjamin Netanyahu.
A carta reconhece o posicionamento firme de Lula ao denunciar o genocídio na Faixa de Gaza, mas cobra que as palavras se transformem em ações. Segundo os signatários, Israel ignora resoluções da Corte Internacional de Justiça e da ONU, atuando à margem do direito internacional enquanto comete crimes de guerra, inclusive contra crianças e diplomatas estrangeiros.
A proposta dos movimentos é clara: que o Brasil dê o exemplo, suspendendo imediatamente todas as relações comerciais e militares com Israel. Eles citam que o país, sob a presidência do grupo de trabalho sobre Direito Internacional da ONU, tem a oportunidade de liderar uma mudança histórica, rompendo o silêncio global e pressionando pelo fim do apartheid e da ocupação israelense.
Dentre os mais de cem signatários estão figuras públicas como Chico Buarque, Carol Proner, Guilherme Boulos e Sâmia Bomfim, além de organizações como MST, CUT e FEPAL. O texto alerta que 2,3 milhões de palestinos seguem cercados em Gaza, sob bombardeios sistemáticos e com acesso bloqueado a comida, água e medicamentos. E exige: o Brasil não pode seguir exportando petróleo e comprando armas de quem promove essa carnificina.
A carta também faz referência à decisão da ONU de setembro de 2024 e da CIJ, que já preveem o rompimento de acordos comerciais com Israel como forma de garantir a autodeterminação palestina. Segundo os autores, um posicionamento firme do Brasil pode provocar um efeito cascata no cenário internacional, ampliando o isolamento do regime sionista e ajudando a interromper o genocídio.
A cobrança dos movimentos é, antes de tudo, moral e histórica: o Brasil não pode compactuar com o extermínio de um povo. E Lula, pela liderança que exerce, tem o poder — e o dever — de agir agora.
Veja a íntegra da carta e a lista de assinaturas aqui:
Com informações do DCM
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