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O deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, usou dinheiro público para bancar uma viagem aos Estados Unidos entre 11 e 15 de maio. A alegada missão oficial previa reuniões com a comunidade brasileira no exterior, mas a verdadeira agenda incluiu articulações com políticos estrangeiros que trabalham para impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Durante a visita, Barros se reuniu com o deputado republicano Cory Mills, defensor do uso da Lei Global Magnitsky para punir autoridades estrangeiras por supostas violações de direitos humanos. No encontro, também estava Eduardo Bolsonaro, atualmente licenciado do mandato e vivendo nos EUA. Mills compartilhou suas “preocupações” com o senador Marco Rubio, que afirmou que o governo norte-americano analisa aplicar sanções contra Moraes.
A Lei Global Magnitsky permite aos Estados Unidos impor punições severas, como bloqueio de bens e proibição de entrada no país, sem necessidade de decisão judicial. Barros confirmou que esteve com Eduardo Bolsonaro e disse colaborar com seu “trabalho de denúncia” contra o Judiciário brasileiro, demonstrando esperança de que Moraes seja atingido por essas medidas.
Embora não tenha mencionado Eduardo inicialmente, Barros alegou que sua ida aos EUA foi para “firmar propósitos comuns com nações amigas”. A agenda incluiu reuniões com congressistas republicanos e até mesmo com o embaixador do Brasil na OEA. Também esteve com Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado norte-americano e figura ligada à extrema direita global.
Eduardo Bolsonaro, investigado pelo STF por atuar no exterior contra instituições brasileiras, declarou publicamente que pressiona o governo dos EUA para agir contra o STF, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal. O inquérito, instaurado a partir de representação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), apura a existência de um esquema articulado por bolsonaristas para sabotar o Judiciário.
Logo após o início da investigação, Barros usou sua posição na Comissão de Relações Exteriores para aprovar uma moção de apoio a Eduardo Bolsonaro. Ele tentou minimizar as consequências das possíveis sanções contra Moraes, como se não fossem um ataque direto à soberania nacional e ao Estado Democrático de Direito.
Com informações do Brasil 247
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