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A Cúpula de Líderes do BRICS inicia neste domingo (6) no Rio de Janeiro, reunindo chefes de Estado dos 11 países do bloco, incluindo Brasil, China, Rússia e Índia. Sob presidência brasileira, o encontro prioriza temas estratégicos como saúde pública, mudanças climáticas e regulamentação de inteligência artificial, fortalecendo o papel do Sul Global na governança mundial. Conflitos como a guerra na Ucrânia e tensões no Oriente Médio não integrarão a pauta oficial, podendo ser discutidos apenas em reuniões bilaterais.
Um esquema de segurança com 31 mil agentes foi mobilizado para o evento, que contou com mais de cem reuniões preparatórias no Itamaraty desde fevereiro. Na área da saúde, o Brasil propõe compromissos multilaterais para erradicar doenças negligenciadas, como malária e tuberculose. O ministro Alexandre Padilha enfatizou que "saúde é alavanca para o desenvolvimento sustentável", incluindo acesso a tratamentos, água potável e alimentação saudável. O bloco também fortalecerá a Rede de Pesquisa do BRICS para desenvolvimento conjunto de vacinas, iniciativa crucial após a retirada da USAID do Brasil.
Em preparação para a COP 30 em Belém, o Brasil busca uma posição unificada sobre mudanças climáticas, com foco em financiamento e ações para limitar o aquecimento a 1,5°C. Ministros do Meio Ambiente do bloco já avançaram em uma declaração conjunta durante reunião em abril. Outro destaque é a proposta brasileira de marco global para inteligência artificial, defendendo dados como ativos econômicos e governança que respeite soberanias nacionais. O país propõe compensações financeiras pelo uso de dados que alimentam sistemas de IA, alinhando-se ao debate de regulamentação em curso no Congresso Nacional.
A presidência brasileira almeja aprovar três comunicados conjuntos nas áreas prioritárias, além da declaração final dos líderes. Para o Itamaraty, o objetivo é consolidar um legado de avanços concretos em temas sensíveis aos países do Sul Global. O BRICS, expandido em 2024 com Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, reafirma-se como aliança político-diplomática para ampliar influência na governança mundial por meio de cooperação econômica, tecnológica e social.
Com informações do g1
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