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Em entrevista, Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), atacou trabalhadores formais e políticas sociais. Num discurso que expõe seu desprezo por direitos básicos, afirmou que "o idiota é quem trabalha com carteira assinada", sugerindo que programas como o Bolsa Família seriam responsáveis pela falta de mão de obra nas indústrias.
Roscoe chegou a comparar beneficiários de programas sociais com trabalhadores formais: "O cara que está há 20 anos no programa social se aposenta aos 45 anos. Quem trabalha 20 anos, não se aposenta". A declaração ignora que o Brasil tem uma das maiores desigualdades do mundo e que milhões sequer conseguem acessar aposentadoria, além de desconsiderar que o Bolsa Família não garante aposentadoria.
Mesmo com a menor taxa de desemprego desde 2014, o empresário insistiu numa suposta "crise de produtividade" causada pelo Estado. Alegou que o "percentual da população desocupada é enorme", omitindo que beneficiários do Bolsa Família vivem em regiões sem oportunidades ou em trabalhos precários – realidade que sua fala elitista desconhece.
Ao defender a "reinvenção da CLT", Roscoe revelou seu objetivo: retirar direitos trabalhistas para ampliar lucros empresariais sem contrapartidas sociais. Seu discurso promove um projeto de país onde a elite econômica concentra renda às custas da proteção social dos mais vulneráveis.
Com informações da Folha de S.Paulo
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