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Um escândalo envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), veio à tona nas redes sociais nesta semana. Segundo denúncia divulgada pelo ativista Thiago Resiste, Motta foi delatado por um de seus próprios comparsas por cobrar 10% de propina sobre uma emenda parlamentar. O delator teria afirmado que a emenda “era do Hugo Motta, então tinha repasse a ele”.
A revelação sugere que o parlamentar estaria envolvido diretamente em um esquema de corrupção com recursos públicos destinados a municípios por meio de emendas. A prática é parte da engrenagem de chantagem política que tomou conta do Congresso desde o golpe contra Dilma Rousseff e que se intensificou durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
O mais chocante, porém, foi o destino da denúncia: a delação foi cancelada e o caso, misteriosamente, arquivado. A decisão levanta suspeitas de blindagem política, especialmente considerando o poder de articulação que Motta exerce como liderança no centrão e sua crescente influência nas pautas econômicas e orçamentárias.
O episódio expõe a podridão estrutural por trás do uso das emendas parlamentares — um sistema que se vende como democrático, mas que serve de moeda de troca para alimentar interesses pessoais, fortalecer currais eleitorais e perpetuar esquemas de corrupção institucionalizada.
Enquanto o governo Lula tenta reverter essa lógica, figuras como Hugo Motta seguem operando livremente, mesmo com indícios explícitos de envolvimento em esquemas milionários. A pergunta que fica é: até quando o sistema permitirá que denúncias como essa terminem no arquivo morto?
Veja a denúncia feita por Thiago dos Reis no X:
ATENÇÃO!!! Hugo motta foi DELATADO por roubar 10% de emenda parlamentar!!
— Thiago dos Reis ???? (@ThiagoResiste) June 27, 2025
Segundo um dos comparsas, a emenda era do Hugo Motta então tinha repasse a ele!!
Estranhamente a delação foi CANCELADA e arquivaram o caso!!!pic.twitter.com/LvougSejNF