1934 visitas - Fonte: PlantãoBrasil
A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) lançou um contundente ataque às elites econômicas nesta segunda-feira (30), denunciando a "defesa de privilégios escandalosos" por setores que pregam cortes em políticas sociais. Em publicação no X, a petista afirmou que o debate fiscal foi sequestrado por interesses que perpetuam injustiças: "O Brasil está cansado dessa conversa de cortar políticas sociais, congelar salário-mínimo e sacrificar aposentados. Isso não é debate sério; é defesa de privilégios".
Hoffmann desmontou a tese de que investimentos em infraestrutura e programas sociais pressionam a dívida pública, apontando o verdadeiro vilão: a política de juros altos herdada do governo Bolsonaro. "Essa ciranda maluca custará R$ 1 trilhão este ano, sem justificativa numa inflação abaixo da média histórica", destacou, lembrando que o governo Lula reduziu o déficit primário de 2,3% para 0,09% do PIB e cortou despesas primárias de 19,6% para 18,6% do PIB.
A ministra focou suas críticas na estrutura tributária regressiva: "Falta a contribuição do andar de cima, que não paga imposto sobre rendimentos financeiros, lucros e dividendos". Ela citou o absurdo das isenções fiscais – R$ 600 bilhões em 2024 sem retorno em empregos – e defendeu as propostas do governo no Congresso, que incluem taxar grandes fortunas, isentar rendas até R$ 5 mil e acabar com benefícios improdutivos. "Só teremos equilíbrio fiscal com justiça tributária", concluiu, vinculando o ajuste das contas à correção de "distorções históricas".
O Brasil está cansado dessa conversa de cortar políticas sociais, congelar o salário-mínimo e sacrificar os aposentados. Isso não é debate sério sobre política fiscal; é defesa de privilégios e injustiças. Este país tem sim distorções históricas que precisam ser corrigidas, mas…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 30, 2025