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Uma agenda apreendida do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro, revela que a Abin foi usada para espionagem política, interferências ilegais e proteção de interesses da família presidencial. O documento, com cerca de 200 páginas, integra o inquérito do STF sobre a tentativa de golpe.
Entre as anotações, Heleno registra que a Abin monitorou estudantes cubanos na USP sob a justificativa de “espionagem da área estudantil”. Também anotou ordens para investigar o Coaf, justamente quando o órgão apurava movimentações suspeitas ligadas a Flávio Bolsonaro.

Durante a pandemia, o general reconheceu a queda de popularidade de Bolsonaro e escreveu que ele “desdenha do vírus” e “nada está bom”, sugerindo que o presidente deveria “tomar vacina” para conter o desgaste. Em outro ponto, acusou a Polícia Federal de preparar uma “sacanagem grande” e defendeu subordinar a corporação diretamente ao presidente.


A agenda ainda cita Jair Renan Bolsonaro, o “04”, relacionando-o a presentes de empresários, como um carro elétrico de R$ 90 mil, e descreve ações da Abin para monitorar pessoas ligadas ao filho do ex-presidente, protegendo-o de investigações de tráfico de influência.

As anotações reforçam a tese da existência de uma “Abin paralela” a serviço da família Bolsonaro, desviando o aparato estatal para blindar aliados e perseguir adversários. O material é tratado por investigadores como prova crucial de que o GSI e a Abin foram instrumentalizados no projeto de poder do ex-presidente.
O caso liga diretamente Augusto Heleno ao esquema que também envolve Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ampliando o cerco da Justiça contra a engrenagem de espionagem e conspiração golpista bolsonarista.
Com informações do DCM
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