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A entrega dos documentos foi feita nesta segunda-feira, 3, pela Embaixada do Brasil em Roma; a chancelaria italiana terá agora de repassar a documentação para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, acionará os tribunais; as 153 páginas do documento foram preparadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que reconhece que, como o ex-diretor do Banco do Brasil tem dupla nacionalidade, o governo da Itália não tem obrigação de extraditá-lo
O Brasil entregou na tarde desta segunda-feira, 3, o pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, ao governo da Itália. Segundo matéria do jornal O EStado de S. Paulo, a entrega dos documentos foi feita nesta segunda-feira pela Embaixada do Brasil em Roma. A chancelaria italiana terá agora de repassar a documentação para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, acionará os tribunais.
Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470. A documentação necessária ao pedido de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil havia sido entregue no dia 25 de fevereiro pelo Ministério da Justiça ao Itamaraty, que é responsável pelo transporte do pedido. Só quando o pedido chegar à Justiça italiana é que o pedido será analisado, o que não há prazo para acontecer.
As 153 páginas do documento foram preparadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que pagou R$ 8 mil a uma empresa para fazer a versão em italiano. Em seu pedido, a PGR reconhece que, como o ex-diretor do Banco do Brasil tem dupla nacionalidade, o governo da Itália não tem obrigação de extraditá-lo. A procuradoria diz, porém, que a possibilidade de extradição é juridicamente viável.
Henrique Pizzolato está preso desde 5 de fevereiro na Itália, onde estava foragido desde sua condenação. A solicitação oficial da diplomacia brasileira ao Ministério das Relações Exteriores da Itália, para que o ex-diretor do Banco do Brasil seja devolvido ao Brasil foi feita após semanas de preparação de documentos e da tradução do processo. Não há prazo para a decisão da Itália.
Pizzolato, que tem dupla cidadania, brasileira e italiana, está preso em Módena e, apesar de duas tentativas de seus advogados para que ele aguarde o processo de extradição em liberdade, a Justiça italiana rejeitou o pedido.
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