1401 visitas - Fonte: Jornal GGN
Os deputados e senadores de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT) protocolaram, nesta terça (2), o pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar denúncias relativas à Petrobras.
Ao todo, 30 senadores e 231 deputados assinaram o requerimento entregue na Secretaria Geral da Mesa do Senado. O pedido, regimentalmente, deve ser lido na sessão do dia 15 de abril, mas o senador Aécio Neves (PSDB) já sinalizou que pretende pedir uma sessão extraordinária no Congresso para antecipar os trabalhos.
O PSDB é a legenda que mais angariou adesões à CPMI. De acordo com uma lista divulgada pelo DEM, 43 tucanos concordam com a investigação restrita a fraudes na gestão da Petrobras. Já o PMDB colaborou com o segundo maior número de assinaturas, 37.
A matemática com base na lista do Democratas é simples: se a bancada peemedebista recuasse e se mantivesse ao lado do Palácio do Planalto, a oposição não teria chegado ao número mínimo (171 deputados e 27 senadores) de adesões necessárias para protocolar o pedido de CPMI.
No texto que fundamenta a apuração, os parlamentares propõem a formação de um grupo com 13 senadores e 13 deputados, e igual número de suplentes, para investigar, no prazo de até seis meses, irregularidades que tenham ocorrido entre 2005 e 2014. Os gastos da CPMI estão estimados em R$ 250 mil.
Dentre os partidos que aderiram à CPMI estão ainda o DEM com 24 assinaturas, PSB (23), PSD (23), PR (21), SDD (11), PSC (9), PP (9), PDT (9), PPS (8), PV (5), Psol (3), PTdoB (2), PMN (2), PCdoB (1) e Pros (1).
Afundando a estratégia governista
Há dias, caciques petistas apostam na articulação de uma CPI para investigar casos que vão além da Petrobras. A intenção é abrir caminho para apurações a respeito do escândalo do cartel dos trens paulistas, atingindo o PSDB, além de outros temas que podem respingar no PSB de Eduardo Campos e Marina Silva. O argumento do governo é que estão tentando fazer uso eleitoral da questão da Petrobras.
Na avaliação do deputado Mendonça Filho, líder do DEM, a proposta governista tenta “tumultuar o processo”. Ele ainda afirmou que se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), aceitar a “manobra” da situação para colocar muitas investigações em uma única Comissão, a sociedade, a Constituição e o regimento interno do Congresso serão desrespeitados.
Outros pedidos
Renan Calheiros encaminhou, nesta quarta, à Comissão de Constituição e Justiça da Casa, os pleitos dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT). A petista contesta a criação da CPI proposta pela oposição, que foca exclusivamente na Petrobras, e Aloysio questiona a proposta de CPI dos governistas. A CCJ analisará o caso, mas a postura do presidente do Senado coloca a CPMI já protocolada como proposta de investigação próxima de se concretizar.
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