Economia global congela e desafia Brasil a se aquecer

Portal Plantão Brasil
28/6/2014 11:15

Economia global congela e desafia Brasil a se aquecer

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711 visitas - Fonte: Brasil 247

Mês de junho apresenta deflação de 0,74% e acende o sinal amarelo na atividade econômica; no exterior, cenário de queda de 2,9% no PIB americano, crescimento zero na Europa e derrapadas na China mostra que mundo vive nova etapa, mais aguda, da crise econômica iniciada em 2009; reflexos no Brasil levam a redução na projeção de crescimento e queda recorde no nível de confiança do comércio; ganhos acumulados em empregos e nova rodada de estímulos à indústria mostram que País resiste ao mau momento mundial; a pergunta é: até quando?



Não há economista que admita uma inflação alta, mas igualmente há susto entre os analistas quado os índices apontam para uma deflação. É o que acontece diante do IGP-M de 0,74% para o mês de junho, divulgado nesta sexta-feira 27 pelo IBGE. O indicador aponta para uma redução da atividade econômica. Ao mesmo tempo, o índice de confiança do comércio apresentou uma baixa recorde em junho. A queda foi de 2,3%, levando a taxa histórica ao seu pior nível, de 109 pontos.



Talvez o principal indicador do rumo para o qual a economia global está se dirigindo, o resultado do PIB nos Estados Unidos espantou o mundo, nesta semana, com uma taxa de negativa de 2,9% no primeiro trimestre. O número que ninguém esperava, próximo à preparação de um mergulho no poço da recessão, surgiu no mesmo momento em que, na Europa, as previsões de crescimento encostam em zero e, na Ásia, a China se mantém enredada em problemas decorrentes de seu sistema de crescimento acelerado da última década.



Por aqui, o Banco Central veio a público reduzir para 2% para 1,6% a projeção de crescimento do PIB, o Relatório Trimestral de Inflação da autoridade monetária apontou para o convívio com o teto da meta, de 6,4%, para até 2016. Em compensação, deixou claro que, por um longo tempo, não pretende aumentar a taxa básica de juros.



O quadro atual pode, é claro, ser visto com as lentes do pessimismo. Elas focalizam a imagem de que o País irá, no médio prazo, o que significa o início do próximo ano, finalmente entrar no centro da tempestade perfeita anunciada desde o ano passado.



O governo peleja contra o cerco de notícias ruins. Como resultados de diversas reuniões com empresários de diferentes setores, vem ampliando as medidas de estímulo fiscal. Atingido em cheio pela crise, o setor de automóveis, por exemplo, ganhou a prorrogação da isenção do IPI. No outro prato da balança, os críticos apontam que medidas desse tipo estão ocasionando um déficit grave nas contas públicas, o que ajuda na disparada da inflação e no desequilíbrio fiscal.



O que ainda está claro, entre os fatos reais e as suas versões, é que ultrapassar essa nova etapa da crise econômica mundial ainda depende muito apenas do Brasil. Num País de desperdícios, com inúmeros ajustes a serem feitos, medidas corretas têm dado bons resultados. O recorde mundial na criação de empregos é o prêmio mais reluzente dessa estratégia.



Dentro das circunstâncias, a nova projeção de crescimento do BC chega a ser positiva, mesmo que seja uma redução em relação a anterior. Perto do que se vê na economia americana, com sua larga influência sobre todos os países importantes do planeta, sem exceção, até mesmo um crescimento de 1%, como já é projetado pelos banco Itaú, terá de ser visto como o possível. Ninguém, afinal, está crescendo. Ao contrário, o mundo voltou a andar para trás.



Abaixo, noticia da agência Reuters sobre deflação no mês de junho:



IGP-M recua 0,74% em junho com deflação no atacado, diz FGV



SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve deflação de 0,74 por cento em junho, após queda de 0,13 por cento em maio, com forte recuo dos preços no atacado e desaceleração da alta no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.



A expectativa em pesquisa da Reuters era de variação negativa de 0,60 por cento, de acordo com a mediana de 15 projeções.



Na segunda prévia de junho, o indicador havia recuado 0,64 por cento.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve queda de 1,44 por cento em junho, após recuo de 0,65 por cento no mês anterior.



O destaque ficou para a deflação de 3,73 por cento nos preços dos produtos agropecuários em junho, ante queda de 0,68 por cento no mês anterior.



Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no IGP-M, desacelerou a alta a 0,34 por cento, ante 0,68 por cento em maio.



O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 1,25 por cento, após alta de 1,37 por cento anteriormente. O INCC responde por 10 por cento do IGP.



Em seu Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira, o Banco Central estimou que o IPCA subirá 6,4 por cento neste ano ante previsão anterior de 6,1 por cento e praticamente no teto da meta do governo -- de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.



O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.



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