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Voz poderosa na formulação econômica do PSDB, Luiz Carlos Mendonça de Barros aposta que um eventual governo Marina Silva contaria com quadros tucanos na economia, como André Lara Resende e Eduardo Giannetti da Fonseca; ex-ministro do governo FHC, ele projeta que a virtual candidata do PSB, em substituição a Eduardo Campos, "deverá seguir esta cartilha (trazer inflação para a meta, realinhamento de preços administrados, disciplina fiscal, etc...)"; Mendonção, como é conhecido o ex-ministro do Desenvolvimento, prevê que a ex-ministra do Meio Ambinete teria "dificuldade de diálogo com o establishment político", mas, ao mesmo tempo, acredita que "diversos quadros de melhor qualidade, assim como o próprio PSDB, se aliariam a Marina e ao PSB para lhe dar suporte no Congresso"; tucanos constróem plano B
Uma das estrelas do comando econômico do PSDB, Luiz Carlos Mendonça de Barros enxerga um eventual governo de Marina Silva, que deve ser oficializada candidata a presidente pelo PSB até a quarta-feira 20, como uma espécie de Plano B tucano, caso o candidato do partido, senador Aécio Neves, não vença as eleições.
Em um texto publicado em sua página no Facebook, o economista, que foi ministro do Desenvolvimento e presidente do BNDES no governo de Fernando Henrique Cardoso, aposta que Marina contaria com quadros tucanos para administrar a economia.
"Marina buscou advisory (assessoria) de economistas como André Lara Resende e Eduardo Gianetti da Fonseca no ciclo eleitoral anterior, e deverá seguir esta cartilha (trazer inflação para a meta, realinhamento de preços administrados, disciplina fiscal, etc...)", registrou Mendonção, como também é chamado.
O economista afirma ainda acreditar que os tucanos chegariam a se aliar a Marina e ao PSB para formar base no Congresso, diante de um receio de "dificuldade de diálogo com o establishment político".
- Opinião consensual é que diversos quadros de melhor qualidade, assim como o próprio PSDB, se aliariam a Marina e ao PSB para lhe dar suporte no Congresso, ressalta.
- Esta visão suportaria uma percepção mais favorável do balanço de riscos depois da tragédia que alterou o quadro eleitoral, opina, por fim, o conselheiro tucano, referindo-se ao acidente que matou o presidenciável Eduardo Campos, do PSB.
Leia abaixo a íntegra do post econômico de Mendonça de Barros:
Percepções a respeito de um eventual Governo Marina Silva
• Gestão econômica muito mais ortodoxa e pró-mercado que Dilma. Marina buscou advisory de economistas como André Lara Resende e Eduardo Gianetti da Fonseca no ciclo eleitoral anterior, e deverá seguir esta cartilha (trazer inflação para a meta, realinhamento de preços administrados, disciplina fiscal, etc...);
• Risco é a falta de base política e a dificuldade de diálogo com o establishment politico;
• Receio é a repetição do Governo Collor (não na questão ética, pelo contrário, mas na falta de diálogo/ base no Congresso);
• Opinião consensual é que diversos quadros de melhor qualidade, assim como o próprio PSDB, se aliariam a Marina e ao PSB para lhe dar suporte no Congresso. O Governo Itamar Franco (que FHC integrou) passa a ser o modelo de referência, e não o Governo Collor. As forças mais arejadas de toda a sociedade ajudariam este Governo para selar a remoção do PT do poder.
Esta visão suportaria uma percepção mais favorável do balanço de riscos depois da tragédia que alterou o quadro eleitoral. Nesta análise não se faz prognóstico das chances de cada candidato, mas tão somente do risco Marina.
Luiz Carlos Mendonça de Barros
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