582 visitas - Fonte: Tijolaço
Depois de emendar seu programa e até sua declaração de bens (que não tem nada de mais, por sinal, senão uma incrível falta de capacidade de poupar, para quem tinha, confessadamente R$ 24 mil de renda mensal), Marina Silva quer que as pessoas acreditem que a falta de prioridade de seu programa em relação ao pré-sal é “uma cortina de fumaça” lançada pelo PT.
Antes fosse, candidata, antes fosse…
O problema é que seu programa, que em certas áreas não resistiu, de fato, às ameaças de Silas Malafaia pelo twitter, neste aspecto, não resiste a um mero apertar da tecla F3, com o que se pode buscar um termo.
Inapelavelmente, a busca pelas 243 páginas do programa marinista encontra uma única vez a expressão “pré-sal”.
E para falar que serão aplicados em educação seus recursos, o que, aliás, já é obrigatório por lei aprovada por Dilma.
É por isso que Janio de freitas, hoje, na Folha, a compara, em matéria de fidelidade a ideias, a Fernando Henrique Cardoso.
O que, aliás, talvez em pouco tempo o povo brasileiro possa fazer vendo-os lado a lado.
Esqueçam o que ela escreveu
Janio de Freitas
O tiroteio verbal entre os candidatos à Presidência está estendido, por balas perdidas de Marina Silva, aos que nos jornais e na internet tratem de suas contradições atuais, pretensos desmentidos e outros malabarismos. Quem se ocupa desses assuntos faz, a seu ver, “uma das ondas de mentira, calúnia e difamação feitas pelo desespero dos nossos [lá dela] adversários”. Acusação exposta, agora, em Belo Horizonte.
O assunto pré-sal incluiu-se no centro da disputa eleitoral, o que vale até como indicador de surpreendente atenção de parte do eleitorado por tema assim sério. Daí que Marina procure fugir às restrições ao pré-sal que se ligaram ao seu nome. Mas não é tão simples a solução de culpar terceiros moralmente.
No dia 29 de agosto, formalizada já a substituição de Eduardo Campos, a seleção dos pontos mais importantes do programa de governo de Marina era divulgada com a inclusão desta proposta: “Redução da importância do pré-sal na produção de combustíveis” (“O Globo”). No mesmo dia, entre elogios a usineiros na feira de agronegócios em Sertãozinho (SP), disse Marina: “Temos que sair da Idade do Petróleo. Não é por faltar petróleo, é porque já estamos encontrando outras fontes de energia”. Depois, ao responder sobre a restrição ao pré-sal, repetiu: “Há outras fontes de energia”.
Marina Silva confirmou, portanto, a restrição presente no programa. E nele incluída pela revisão, para a sua candidatura, do programa do PSB e de Eduardo Campos. A propósito, o comentário feito aqui do novo programa, logo em seguida, notou que Marina Silva dava sinais de ignorar “o que é a Idade do Petróleo, que lhe parece restringir-se à energia”. E mencionava a clamorosa falta de percepção para a liderança do petróleo como matéria-prima, em derivados da produção industrial hoje essenciais à vida dita civilizada.
Palavras da própria Marina Silva comprovam que posição avessa às suas restrições ao pré-sal, e ao petróleo mesmo, não é mentirosa, não contém calúnia nem difamação. Ou, a haver, parte dela, ao acusar outros para se desdizer.
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.