1577 visitas - Fonte: Jornal GGN
Petistas próximos à Marta Suplicy - que saiu do Ministério da Cultura em novembro passado a reboque de críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff - afirmam que a senadora deve deixar o PT ainda neste primeiro semestre. Seu destino pode ser o Solidariedade. A informação é do Painel da Folha desta quarta-feira (7).
Desde dezembro passado, ventila-se que o partido de Paulinho da Força (ex-PDT) fará um convite formal à Marta Suplicy, oferecendo-lhe a legenda para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016. A expectativa em torno da mudança de partido por Marta ocorre justamente em função da eleição municipal, pois o atual prefeito Fernando Haddad deve ser o candidato do PT à reeleição.
No plano federal, o Solidariedade é um partido de oposição ao governo Dilma. Paulinho da Força, presidente da sigla, não só apoiou Aécio Neves (PSDB) para o Palácio do Planalto como chegou a sugerir em comícios que Dilma deveria ser presa pelos escândalos de corrupção que pipocaram em seu primeiro governo.
No Congresso e com vistas às próximas eleições municipais, o Solidariedade formou um bloco de oposição ao PT e aliado com os partidos PSB, PV e PPS. Dessa forma, se Marta realmente fizer as malas rumo ao partido de Paulinho da Força, romperá de vez com o PT.
Preterida no PT
Em entrevista ao GGN no final do ano passado, o presidente nacional do PT Rui Falcão disse que não é correto afirmar que Marta vem sendo preterida dentro do partido, mas ressaltou que Haddad é o candidato natural em 2016. Segundo o dirigente, Marta reúne condições de disputar o governo do Estado em 2018. Basta discutir suas "pretensões" com o PT.
Em entrevistas após sua saída do Ministério da Cultura, Marta Suplicy disse que a troca de partido é uma das possibilidades com as quais trabalha. O PMDB foi a primeira opção aventada, principalmente porque seu marido, Márcio Toledo, está no partido e tem boa relação com o vice-presidente da República Michel Temer, que conduz a legenda no plano nacional.
Mesmo dentro do PMDB, a possibilidade de acolher Marta ainda é vista com cautela. Isso porque a ex-ministra deixou o governo Dilma batendo a porta, o que pode gerar saia justa para Temer junto à presidente da República. Outra observação é que Marta pode perder a cadeira no Senado se trocar de partido. Pela legislação, um político com mandato só pode migrar para outra legenda se comprovar perseguição no próprio partido ou se quiser usar a janela de um partido recém criado.
De toda forma, ainda é difícil saber o que Marta pretende com as indicações de que deixará o PT. "Em 2012, Marta insistiu na tese de que queria ser a candidata a prefeita em São Paulo, mas na realidade mirava um ministério de Dilma. Por isso a leitura hoje é que Marta, com o anúncio de que pode sair do PT, está buscando algo para além da candidatura municipal. Talvez a promessa do próprio PT de que ela será a candidata ao governo do Estado em 2018. Talvez alguma influência na máquina partidária, algo que perdeu nos últimos anos. Talvez até mesmo um novo partido onde poderia voltar a ter projeção", escreveu a colunista Julia Duailibi (Estadão).
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.