2390 visitas - Fonte: Jornal GGN
O flerte entre o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e seu antigo adversário na disputa pelo Paço, Gabriel Chalita (PMDB), está em vias de se tornar um namoro oficial. Jornais destacam nesta sexta-feira (9) que o peemedebista foi convidado por Haddad para assumir a Secretaria de Educação do município, setor que ele comandou a pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo informações de O Estado de S. Paulo, Chalita será confirmado na Pasta na próxima segunda-feira (11).
Em meio a uma reforma no secretariado neste início de ano, Haddad está não apenas abrindo espaço para aliados do PT no plano federal - caso do PSD de Gilberto Kassab, que deve integrar o primeiro escalão com ao menos dois cargos de peso - como, no caso do PMDB, também pavimenta o caminho que irá percorrer até 2016.
Com Chalita na Educação - uma Pasta com orçamento robusto e bastante visibilidade - a aliança PT/PMDB deve virar uma dobradinha com vistas à reeleição de Haddad. Dessa forma, o PT reduz as chances de ter o PMDB como adversário novamente, ainda com chances de o empresário Paulo Skaf - que terminou em segundo lugar na eleição para o governo estadual em 2014 - ser cabeça da chapa majoritária peemedebista.
Skaf, que ao final angariou quase 22% dos votos válidos (4,5 milhões de votos, mais do que Haddad teve para prefeito) em São Paulo, deu trabalho aos petistas que atuavam não só na campanha de Alexandre Padilha, mas também para a presidente Dilma Rousseff (PT). As intimações públicas que Skaf recebeu do presidente nacional do partido, Michel Temer, para que apoiasse publicamente a presidente petista foram inúmeras e ineficientes.
Em 2012, no segundo turno, Chalita decidiu declarar apoio a Haddad, que concorreu contra José Serra (PSDB). À época, tanto Chalita quanto Temer refutaram que houvesse acordo em troca de espaço na máquina administrativa, mas não descartaram a hipótese de entregar a Chalita uma secretaria e armar o campo de batalha para 2016.
O ensaio de aproximação entre o petista e o peemedebista, na verdade, existe ao menos desde 2004. Naquele ano, os dois partidos tentaram um entendimento, mas enfrentaram resistência da então candidata Marta Suplicy (PT). Em 2008, o peemedebista Orestes Quércia, que dominava boa parte das ações da sigla em território paulista, foi quem o evitou uma possível aliança.
Mudanças no secretariado
Agora que Gilberto Kassab, líder nacional do PSD, ganhou destaque no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a expectativa é de que a legenda também amplie o espaço no primeiro escalão da Prefeitura de São Paulo. Pelo menos dois setores já são visados pelos pessedistas: a Secretaria de Segurança Urbana e a São Paulo Turismo (SPTuris). Para a primeira, Kassab deve indicar o ex-comandante-geral da Polícia Militar Coronel Camilo, que atuou nas gestões José Serra e Geraldo Alckmim. Para a SPTuris, o favorito até o momento é o vereador Marco Aurélio Cunha.
Segundo o Estadão, Kassab estaria de olho mesmo na Coordenação das Subprefeituras paulistanas e na Secretaria de Habitação. Além da exposição, as pastas terão orçamento que deve ultrapassar os R$ 2 bilhões este ano. O deputado federal Antonio Goulart, campeão de votos na zona sul da capital paulista, também deve assumir algum cargo no secretariado de Haddad.
Kassab, no entanto, reivindica a Coordenação das Subprefeituras e a Secretaria de Habitação, cujo orçamento para este ano pode ultrapassar os R$ 2 bilhões.
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